Política

Putin desafia Zelensky e propõe encontro em Moscou com promessa de segurança total

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O presidente russo declarou que Moscou é o local ideal para um encontro de alto nível com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky  |   BNews Natal - Divulgação Reprodução/Internet
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 05/09/2025, às 13h44



O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou estar disposto a se reunir com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e lançou um convite oficial para que o encontro ocorra em Moscou. Segundo ele, a capital russa seria o local ideal para uma reunião de alto nível entre os dois países.

Durante um fórum econômico no Extremo Oriente russo, nesta sexta-feira (5), Putin afirmou que está preparado para garantir todas as condições necessárias para a realização do encontro. “Estamos prontos para reuniões do mais alto nível. Estou pronto, venham, garantimos segurança de cem por cento”, disse o presidente.

O líder russo reforçou ainda que a proposta de reunião partiu do lado ucraniano e destacou que, se houver realmente interesse, Moscou está disposta a abrir as portas.

“A cidade heroica de Moscou é o melhor lugar para esse diálogo”, declarou.

Críticas à presença da Otan

Além do convite, Putin voltou a criticar a possível entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Para ele, a presença de tropas estrangeiras em solo ucraniano é inaceitável e representaria um alvo direto para as forças russas.

“Se tropas da Otan aparecerem lá, sobretudo durante as hostilidades, consideraremos alvos legítimos para derrota”, afirmou o presidente. Segundo Putin, a permanência dessas forças não teria sentido caso fosse firmado um acordo de paz duradouro.

Ele ressaltou que a Rússia não enxerga motivo para presença da aliança militar no país vizinho, classificando a situação como desnecessária diante de possíveis negociações.

Avanços e impasses na guerra

O conflito iniciado em fevereiro de 2022 continua sem perspectiva de encerramento. Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, anexadas por decreto de Putin ainda em 2022.

Enquanto Moscou mantém ofensivas no leste, Kiev intensificou ataques dentro do território russo, alegando ter como objetivo destruir infraestrutura militar. O governo russo, por sua vez, respondeu com bombardeios aéreos e drones.

Apesar das declarações oficiais, civis continuam sendo atingidos em larga escala. Milhares de ucranianos perderam a vida desde o início da guerra e estima-se que inúmeros soldados também tenham morrido, embora nenhum dos lados divulgue números exatos. De acordo com os Estados Unidos, o conflito já deixou 1,2 milhão de mortos ou feridos.

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