Política
Publicado em 04/07/2025, às 14h51 Júnior Teixeira
Nesta sexta-feira (4), o presidente Lula (PT) argumentou sobre e defendeu a idealização de novas maneiras de financiamento internacional que tenham como foco o desenvolvimento sustentável. Para isso contecer, Lula disse que as condições e as políticas de austeridade não podem comprometer os investimentos econômicos e sociais em países que estão se desenvolvendo.
A declaração do presidente foi dada durante a reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). O Encontro aconteceu nesta sexta-feira (4), no Rio de Janeiro.
“Não é doação de dinheiro. É empréstimo para que pessoas possam ter uma chance de sair da miséria e dar um salto de qualidade de vida”, afirmou o presidente.
O encontro acontece antes da realização da Cúpula de Líderes do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A reunião está marcada para acontecer nos dias 6 e 7 de julho.
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O presidente do Brasil também ressaltou a necessidade de reformas no sistema financeiro global, focando no combate à desigualdade. Lulca criticou o modelo tradicional de austeridade defendido por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. De acordo com ele, tais políticas agravaram a pobreza em diversos países:
“A austeridade exigida pelas instituições financeiras levou os países a ficarem mais pobres. Toda vez que se fala em austeridade, o pobre fica mais pobre e o rico mais rico.”
Papel do banco dos Brics
Criado em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento foi concebido como uma alternativa às instituições financeiras tradicionais e tem a missão de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países emergentes e em desenvolvimento.
Desde a sua criação, mais de 120 projetos foram aprovados, registrando um investimento de US$ 40 bilhões em áreas como energia limpa, transporte, abastecimento de água, saneamento e proteção ambiental.
Sob a presidência da ex-presidenta Dilma Rousseff desde 2023, o NDB tem como meta direcionar 40% de seus financiamentos a iniciativas sustentáveis.
O presidente Lula anunciou que o Brasil espera apoio do banco para financiar estudos de viabilidade de um cabo submarino que ligará os países do Brics.
Essa medida divulgada por ele é considerada estratégica para a soberania digital e para o aumento da velocidade de troca de dados entre as nações do bloco.
Outro ponto defendido pelo presidente foi o uso de moedas locais nas transações comerciais, como forma de reduzir a dependência cambial e fortalecer as economias emergentes.
“Nosso banco é mais do que um grande banco para países emergentes. Ele é a comprovação de que uma nova arquitetura financeira é viável e de que um modelo de desenvolvimento mais justo é possível”, concluiu o presidente.
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