A deputada federal Carla Dickson (União Brasil-RN) promove nesta sexta-feira (26), às 9h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, uma audiência pública voltada à criação de uma linha de cuidados para pessoas neurodivergentes.
O encontro reunirá autoridades, gestores, representantes da sociedade civil e especialistas nacionais e internacionais.
Segundo Carla, a iniciativa busca expor a fragilidade da rede de atenção existente e apontar soluções.
“Minha ideia é saber quem faz o que pelas famílias atípicas no Rio Grande do Norte. O Governo Federal tem suporte real? O Estado faz alguma coisa? E os municípios, estão preparados?”, afirmou a parlamentar.
A abertura do evento ficará a cargo da própria deputada, que pretende destacar a urgência de legislação robusta e recursos específicos. O debate avaliará a atuação dos entes federativos e o impacto das políticas públicas para famílias que convivem diariamente com a falta de assistência.
Sete seminários em pauta
A programação contará com sete mesas temáticas. O panorama da saúde e da educação será apresentado por André Lemos de Araújo, diretor da Uninassau/RN.
O médico italiano Salvatore Rinaldi, especialista em neurofisiopatologia e biotecnologia, falará sobre a tecnologia REAC no tratamento de pessoas autistas. A vice-prefeita de Natal, Joanna Guerra, abordará a realidade das famílias atípicas e o papel dos comitês municipais.
Também estão confirmadas apresentações sobre a experiência da ABA em Macaíba, conduzida pelo prefeito Emídio Júnior, e os desafios enfrentados por Natal na oferta de diagnósticos precoces e na contratação de profissionais especializados, tema que será discutido por representante da Secretaria Municipal de Saúde.
A programação ainda inclui a construção de políticas estaduais integradas, com participação da Secretaria Estadual de Saúde, e a análise dos avanços e limites das políticas nacionais, a ser feita por representante do Ministério da Saúde.
Voz das famílias atípicas
Um dos pontos mais esperados será a participação direta de mães e pais de pessoas neurodivergentes. Eles terão espaço para compartilhar obstáculos, demandas e vivências cotidianas. Para Carla Dickson, a escuta ativa dessas famílias é essencial para formular políticas públicas que saiam do papel.
A audiência pretende ser mais do que um debate institucional. A expectativa é de que o evento pressione autoridades e inaugure uma discussão sistemática sobre direitos, acolhimento e cuidado, transformando a luta das famílias atípicas em prioridade política.
Reprodução/Assessoria
