‘Chaminés de fada’: conheça formação geológica inédita encontrada no Brasil

Você já ouviu falar das Chaminés de fada? Conhecidas também como pirâmides de terra, elas são conhecidas por serem grandes colunas naturais que mantêm em seu topo um bloco de rocha maior.

A grande novidade é que, pela primeira vez, esta formação geológica rara foi encontrada no Brasil, mais especificamente em uma área particular no município de Campos Belos, município no interior do estado de Goiás, por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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O que dizem os avaliadores

Ao portal G1, Joana Paula Sánchez, geóloga coordenadora do Laboratório de Geologia e Áreas Turísticas da FCT-UFG, que participou da primeira avaliação na região, detalhou a descoberta rara.

“Tem uma camada de rocha mais dura no topo, como se fosse um chapéu. A parte de baixo é mais frágil e foi escavada por um rio que passava ali há muitos anos. Esse processo geológico levou muitas centenas de anos para formar estruturas que chegam a mais de três metros de altura”, disse.

Ainda de acordo com Sánchez, há registros de formações parecidas, em menor escala, no Tocantins. Contudo, a encontrada em Goiás possui diferenciais significativos. “Essa área está inteira preservada, nunca teve agricultura, gado ou turismo, então as chaminés se conservaram. É uma área muito grande, com várias torres, por isso é considerada inédita no Brasil”, detalhou.

Vai dar para turistar?

Vale destacar que o local ainda não está aberto para visitação do público. Segundo Luciano Guimarães, turismólogo da Secretaria de Turismo de Goiás, existe potencial para turismo, mas alerta que ainda se trata somente de um recurso natural.

“O potencial é gigantesco, porque está entre a Chapada dos Veadeiros e Terra Ronca, dois atrativos de renome internacional. Mas hoje ainda não é um produto turístico, porque falta infraestrutura, acesso, guias e ordenamento. Precisa de políticas públicas para ser estruturado”, declarou o profissional.

E acrescentou: “São monumentos naturais muito frágeis. Sem controle, o impacto pode ser irreversível. É preciso planejar acesso, capacidade de carga, sinalização e qualificação de mão de obra antes de receber visitantes”.