Polícia
Familiares e a defesa do ex-atleta de basquete Igor Cabral, que espancou a namorada dentro de um elevador com mais de 60 socos, se manifestou pela primeira vez após as agressões e a prisão dele. Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (30), foi pedido à imprensa, aos cidadãos e à sociedade em geral, "que permitam a eles viver em paz, sem perseguições, julgamentos ou exposição indevida, pois não cometeram nenhum crime".
O pronunciamento veio à público após a divulgação, em alguns veículos de mídia, de imagens que mostram o portão de uma casa que amanheceu pichado com ameaças a Igor Cabral. A residência vandalizada, na verdade, não pertence aos parentes do agressor nem tampouco ao próprio acusado.
"A rua vai cobrar cada soco". Esta foi a frase pichada no portão da residência.
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Acima, veja o vídeo gravado pela câmera do elevador do comdomínio onde aconteceu a violência. O residencial fica no bairro de Ponta Negra, na zona sul de Natal. O crime aconteceu no sábado (26)
Silêncio sobre o caso
Sobre o caso da agressão propriamente falando, a nota diz: "Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos que a Justiça já está atuando", que "o foco do caso está sob apuração pelas autoridades competentes", que "o investigado se colocou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários", e que "a defesa acompanha o caso com responsabilidade e confia no devido processo legal para o esclarecimento dos fatos".
Por fim, acrescenta ainda que, "em respeito às partes envolvidas, não serão concedidos outros pronunciamentos no momento, restringindo-se as manifestações aos autos do Inquérito Policial e ulterior Processo Penal".
Abaixo, leia a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE
Em face dos recentes eventos amplamente divulgados pela mídia, os familiares e a defesa de IGOR CABRAL vêm a público manifestar-se. Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos que a Justiça já está atuando. O acusado encontra-se à disposição das autoridades competentes e será julgado conforme o nosso Ordenamento Jurídico, com todas as garantias asseguradas a qualquer acusado, conforme o princípio do devido processo legal.
É necessário esclarecer que o endereço divulgado em algumas matérias e redes sociais não pertence ao jovem envolvido no caso. Trata-se de um ambiente estritamente comercial, local de trabalho de familiares, que não tem qualquer relação com o ocorrido. A exposição indevida deste local tem causado transtornos, ameaças e constrangimentos a pessoas que não têm qualquer envolvimento com a situação, violando o direito à privacidade e à imagem, conforme assegurado pela Constituição Federal.
Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. São cidadãos comuns, trabalhadores, que foram igualmente surpreendidos com os fatos e estão profundamente consternados. É imperativo que possam continuar exercendo seus direitos ao trabalho e à dignidade, sem serem punidos por algo que não fizeram.
Diante disso, solicitamos respeitosamente à imprensa, aos cidadãos e à sociedade em geral que permitam a eles viver em paz, sem perseguições, julgamentos ou exposição indevida, pois não cometeram nenhum crime. O foco do caso está sob apuração pelas autoridades competentes. O investigado se colocou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. A Defesa acompanha o caso com responsabilidade e confia no devido processo legal para o esclarecimento dos fatos.
Em respeito às partes envolvidas, não serão concedidos outros pronunciamentos no momento, restringindo-se as manifestações aos autos do Inquérito Policial e ulterior Processo Penal.
Agradecemos a compreensão e o respeito neste momento tão delicado para todos os envolvidos.
Natal/RN, 30 de julho de 2025
Atenciosamente,
Defesa técnica e familiares.
Espancada com mais de 60 socos
A vítima, Juliana Soares, de 35 anos, sofreu mais de 60 socos no rosto enquanto estava presa no elevador com o agressor. As imagens do crime chocaram o país e reforçaram o medo vivido pela mulher, que ainda não tem condições clínicas para passar por uma cirurgia reparadora no rosto.
Segundo a delegada, a vítima hesitou em sair do elevador por medo de que a agressão fosse registrada em vídeo, o que mostra o nível de manipulação e controle psicológico que sofria.
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