Política
Direita ou esquerda? De que lado estão os deputados federais do Rio Grande do Norte que mais gastam as chamadas verbas de gabinete? O BNews Natal foi atrás e fez um comparativo entre os parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL). Afinal, quem são os mais generosos do estado e o mais econômicos?
De acordo com os dados disponibilizados pelos próprios gabinetes, por meio do Portal da Transparência da Câmara Federal, os deputados petistas Fernando Mineiro e Natália Bonavides, juntos, têm utilizado mais recursos públicos do que os colegas liberais, os deputados General Girão e Sargento Gonçalves. E isso desde o início da atual legislatura, em 2023.
Em um comparativo histórico (2023–2025), Natália Bonavides fez uso de quase R$ 1,5 milhão durante os anos de 2023, 2024 e o primeiro semestre de 2025.
Fernando Mineiro também bateu a cifra de R$ 1 milhão. No mesmo período, ele gastou R$ 1.221.400,36.
Somando as duas legislaturas, os parlamentares do Partido dos Trabalhadores gastaram de 2023 até o primeiro semestre deste ano o total de R$ 2.711.529,40.
Total: R$ 1.221.400,36
Quanto aos gastos de verba de gabinete dos deputados potiguares do PL, o levantamento mostra que o General Girão foi o parlamentar federal que mais fez uso das verbas de gabinete. Sozinho, ele ultrapassou a soma de 1 milhão e meio de reais.
Já o deputado Sargento Gonçalves, foi o mais contido dos quatro. Os gastos do seu gabinete foram inferiores a R$ 1 milhão, totalizando exatamente R$ 905.463,06.
Ao todo, as duas legislaturas gastaram R$ 2.416.997,59.
Total: R$ 1.511.534,53
Total: R$ 905.463,06
Diferença: R$ 294.531,81
Cada deputado federal tem R$ 133.170,54 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.548,10 a R$ 18.719,88.
Encargos trabalhistas como 13º salário, férias e auxílio-alimentação dos secretários parlamentares não são cobertos pela verba de gabinete - são pagos com recursos da própria Câmara Federal.
Os deputados federais têm direito a receber auxílio-moradia de R$ 4.253,00 quando não ocupam um dos 447 apartamentos funcionais que a Câmara tem em Brasília. O auxílio-moradia pode ser pago diretamente no contracheque ou por reembolso, mediante a apresentação de recibo de aluguel ou hotel.
Se o aluguel for maior do que o valor do auxílio-moradia, o deputado pode pagar a diferença com verba da cota parlamentar, que ele recebe para arcar com os gastos do mandato. Esse complemento é limitado a R$ 4.148,80.
O salário atual de um deputado federal é R$ 46.366,19. A remuneração mensal leva em conta o comparecimento às sessões deliberativas do Plenário. Ausência não justificada leva a desconto no salário.
O deputado tem direito também a receber diárias quando viaja em missão oficial. Nas viagens nacionais, o valor é de R$ 842,00. Nas viagens internacionais, o valor da diária é de US$ 391,00 para países da América do Sul, e de US$ 428,00 para outros países.
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