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Publicado em 22/09/2025, às 13h15 Divulgação/Rivulis Giovana Gurgel
A irrigação é ferramenta indispensável para quem busca produtividade e sustentabilidade no campo. Mas, como alerta o especialista Matt Clift, Diretor Global de Gestão de Produtos e Marketing da multinacional israelense Rivulis, não basta investir em sistemas modernos de aspersão ou gotejamento se a manutenção e as regulagens não forem feitas corretamente.
Um dos pontos que mais comprometem o desempenho está no controle da pressão, que exige atenção constante para evitar prejuízos.
Um dos conceitos básicos para o irrigante é a perda de carga, ou seja, a redução gradual da pressão da água ao longo do sistema. O fenômeno é causado pelo atrito em tubulações, válvulas, filtros e tubos gotejadores. “Um bom projeto já considera essas perdas acumuladas, para que o último emissor receba a pressão correta”, explica Clift.
Segundo ele, cada peça do sistema contribui para a perda, e cabe ao produtor verificar se a pressão final está dentro da faixa adequada de operação.
O monitoramento deve ser feito regularmente em pontos estratégicos, do cabeçal de controle até o último emissor. “Diferenças inesperadas podem sinalizar entupimentos, vazamentos ou defeitos em componentes”, reforça o especialista.
Outro conceito essencial é o diferencial de pressão (DP), que representa a diferença de pressão em um mesmo componente, como os filtros. Esse dado funciona como um termômetro da eficiência do sistema.
“Quando o filtro está limpo, o diferencial fica dentro de limites esperados. Se sobe demais, indica entupimento; se cai, pode significar falha de funcionamento ou perda de material, como ocorre nos filtros de areia”, detalha Clift.
Para o especialista, medir o DP de forma rotineira ajuda a antecipar problemas e evitar que a irrigação seja comprometida.
“A aferição mostra o momento certo da manutenção antes que o sistema perca desempenho”, acrescenta.
Na prática, a recomendação é simples: para aferir a perda de carga, o produtor deve medir a pressão em diferentes pontos, comparar os valores com o projeto original e registrar variações ao longo da safra.
Já no caso do diferencial de pressão, a medição deve ser feita na entrada e na saída de cada componente, anotando os dados e agindo quando os limites aceitáveis forem ultrapassados.
“Essas leituras são fáceis de executar e não devem ser negligenciadas. Ao comparar com os dados técnicos do projeto e do fornecedor, o produtor ganha clareza para agir com rapidez e proteger o desenvolvimento das plantas”, conclui Clift.