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IA multimodal promete revolucionar empresas e mudar decisões estratégicas

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Descubra como a IA multimodal está transformando empresas e melhorando a eficiência operacional no Brasil e no mundo  |   BNews Natal - Divulgação Reprodução/Freepik
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 08/09/2025, às 13h07



A inteligência artificial deixou de ser apenas tendência e já se tornou realidade para empresas em todo o mundo. No Brasil, o movimento é ainda mais intenso: de acordo com a consultoria Bain & Company, 57% dos brasileiros são considerados heavy users de IA generativa, índice superior ao dos Estados Unidos.

Agora, a nova onda tecnológica que começa a se consolidar é a IA multimodal, capaz de processar e interpretar simultaneamente diferentes tipos de dados.

Segundo projeções da Gartner, até 2030, 80% das aplicações corporativas terão recursos multimodais.

O avanço abre espaço para casos práticos que vão da análise clínica integrada ao histórico de pacientes até o atendimento em tempo real de consumidores que enviam imagens ou vídeos de produtos com defeito. O resultado é maior agilidade, precisão e redução de erros em processos decisivos.

Muito além da IA generativa

Diferente dos modelos de IA generativa, que criam conteúdos originais a partir de exemplos, mas trabalham de forma restrita a uma única modalidade de dados, a versão multimodal integra informações de forma cruzada.

Isso significa, por exemplo, que uma radiografia pode ser analisada em conjunto com o histórico médico do paciente, oferecendo diagnósticos mais completos.

Para Mauricio Cesar Luiz, Chief Operations Officer (COO) da NAVA, a tecnologia representa a convergência da percepção artificial.

“Ela não apenas interpreta uma imagem ou uma frase, mas compreende o contexto completo, cruzando diferentes tipos de dados para oferecer respostas mais precisas e próximas da linguagem humana”, explica.

O executivo alerta, porém, que o sucesso depende de estratégias claras e bem estruturadas. Segundo ele, empresas precisam definir casos de uso estratégicos e mensuráveis, integrar a IA aos sistemas já existentes, monitorar continuamente os resultados, criar uma governança sólida e adotar métricas que comprovem valor de negócio.

Mauricio Cesar Luiz, da Nava - Reprodução/Assessoria

Cinco passos para adotar a IA multimodal

De acordo com Mauricio, o primeiro passo é definir aplicações estratégicas onde a IA possa trazer ganhos claros, como atendimento ao cliente e análise de dados não estruturados. Também é essencial integrar a tecnologia ao ecossistema corporativo, conectando-a a plataformas como ERP, CRM e BI.

Outro ponto fundamental é monitorar constantemente os modelos, ajustando métricas como ROI, taxa de acerto e conformidade regulatória. Para evitar riscos, a recomendação é estabelecer uma governança robusta, com políticas claras de uso responsável e mecanismos de segurança.

Por fim, a avaliação deve combinar indicadores quantitativos e qualitativos, garantindo que os benefícios ultrapassem o campo técnico e se convertam em vantagem competitiva real.

“A verdadeira revolução da IA multimodal está na sua capacidade de oferecer respostas mais humanas e contextuais, cruzando diferentes fontes de informação para gerar valor real e tangível”, afirma Mauricio.

“Com estratégias bem definidas e governança adequada, as empresas poderão acelerar inovação, eficiência e competitividade.”

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