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Comprou on-line? Golpistas já sabem! Como escapar das fraudes nas grandes promoções do e-commerce

O comércio eletrônico deve movimentar R$ 224,7 bilhões em 2025, mas o aumento das fraudes digitais é uma preocupação crescente  |  Reprodução/Freepik

Publicado em 16/09/2025, às 13h52   Reprodução/Freepik   Giovana Gurgel

O comércio eletrônico brasileiro deve movimentar R$ 224,7 bilhões em 2025, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), um crescimento de 10% em relação a 2024.

Serão 435 milhões de pedidos e 94 milhões de consumidores navegando pelas vitrines virtuais. Mas o avanço também atrai um risco crescente: o aumento das fraudes digitais.

As chamadas “temporadas quentes” do varejo, como Black Friday, Cyber Monday e Natal, movimentam a economia, mas também se tornam terreno fértil para golpes. Em 2024, só até o meio-dia do sábado após a Black Friday, a ConfiNeotrust e a ClearSale registraram 17,8 mil tentativas de fraude, avaliadas em R$ 27,6 milhões.

O ticket médio dos golpes chegou a R$ 1.550,66, mais que o triplo do valor de uma compra legítima.

Games, informática e instrumentos musicais lideraram a lista de produtos visados. Apesar da queda de 22% no valor total dos golpes em comparação com o ano anterior, especialistas reforçam: os criminosos estão cada vez mais sofisticados.


PIX dispara, mas também preocupa

Na mesma Black Friday, o PIX bateu recorde histórico. O Banco Central registrou alta de 120,7% nas transações em um único dia, com movimentação de R$ 130 bilhões. A velocidade impressiona, mas também aumenta a vulnerabilidade.

Problemas como lentidão, instabilidade e falhas de segurança abrem espaço para fraudadores. Esses incidentes não afetam apenas o bolso, mas também a confiança dos consumidores.

Segundo estudo da PwC, 55% dos clientes evitam comprar novamente de empresas que oferecem uma experiência negativa, e 8% desistem da compra após apenas um incidente desfavorável.

“Segurança digital não é uma etapa final. É um processo contínuo que começa antes da primeira linha de código”, alerta Wagner Elias, CEO da Conviso, referência em segurança de aplicações (AppSec).

Wagner Elias, CEO da Conviso


A corrida pela blindagem digital

O mercado de segurança de aplicações deve movimentar US$ 25 bilhões até 2029, de acordo com a Mordor Intelligence. O objetivo é mapear falhas antes que sejam exploradas. Elias compara com a construção de uma casa:

“Você não espera ser invadido para depois instalar fechaduras. Antecipar riscos é essencial”.

Uma das soluções disponíveis é o selo Site Blindado, agora integrado à Conviso. Ele certifica desde lojas virtuais que necessitam de proteção básica até aquelas que exigem padrões rigorosos, como a certificação PCI-DSS, destinada a operações com cartões de crédito.

O investimento traz retorno. A Visa bloqueou 270% mais fraudes em 2024 em relação ao ano anterior, após aplicar mais de US$ 11 bilhões em segurança e tecnologia nos últimos cinco anos.

Inteligência artificial, machine learning e análise de comportamento em tempo real se tornaram aliados fundamentais.


Como se proteger: empresas e consumidores

Para Elias, a prevenção deve ser compartilhada entre empresas e clientes. Plataformas precisam garantir ambientes blindados, enquanto consumidores devem estar atentos aos sinais de risco.

Recomendações para empresas:

Cuidados para consumidores:

“Enquanto o consumidor aprende a reconhecer sinais de risco, cabe às empresas oferecer ambientes blindados. É essa combinação que sustenta a confiança e mantém o mercado saudável”, conclui o CEO da Conviso.

Classificação Indicativa: Livre


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