Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 22/09/2025, às 16h45
O governo de Donald Trump aplicou novas sanções da Lei Magnitsky, dessa vez contra a advogada Viviane Barci de Moraes, que é esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além do instituto Lex, ligado à família do magistrado. As medidas já estão em vigor desde 30 de julho contra Alexandre de Moraes.
A legislação é utilizada por Washington para punir, de forma unilateral, pessoas acusadas de violações de direitos humanos em outros países. Com a decisão, ficam bloqueados ativos financeiros e patrimoniais em território norte-americano, além da proibição de entrada no país.
As medidas também impedem qualquer vínculo comercial de empresas americanas com os sancionados, ampliando o impacto sobre a vida pessoal e profissional dos atingidos.
O anúncio das restrições aconteceu apenas um dia após chegada da comitiva brasileira aos Estados Unidos. O presidente Lula (PT) participa da 80ª Assembleia Geral da ONU, na qual irá abrir os discursos da sessão nesta terça-feira (23), mantendo uma tradição brasileira que remonta a 1955.
A fala do presidente Lula ocorrerá logo após a abertura oficial conduzida pelo secretário-geral António Guterres e pela presidente da assembleia, Annalena Baerbock.
Leia também
O momento diplomático coincidiu com a divulgação das medidas contra a família de Alexandre de Moraes.
A decisão da administração americana foi oficializada 11 dias depois da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. O relatório que embasou a sentença foi assinado pelo próprio Alexandre de Moraes.
Aliado de Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem usado a Lei Magnitsky como forma de retaliação contra o ministro do STF. A influência de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também é apontada como determinante para a postura americana.
Com as sanções, Moraes e sua família passam a enfrentar um bloqueio internacional sem precedentes, aumentando a tensão entre Brasil e Estados Unidos.
A medida norte-americana reacende debates sobre interferência política, soberania nacional e os efeitos de disputas externas sobre o Judiciário brasileiro.
Classificação Indicativa: Livre