Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 24/09/2025, às 17h24
Foi anunciado nesta quarta-feira (24), pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que a PEC da Blindagem foi arquivada. Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou o texto por unanimidade e o considerou inconstitucional.
De acordo com Alcolumbre, a decisão tem “claro respaldo regimental”, de modo que não se faz necessária a análise no plenário da Casa. O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), havia defendido, durante a sessão da Comissão, uma votação em plenário como gesto político em resposta às críticas feitas à proposta.
“Levando em conta que a Comissão de Constituição e Justiça, hoje, aprovou por unanimidade o parecer do senador Alessandro Vieira sobre essa PEC, concluindo pela sua inconstitucionalidade e dizendo que não é juridicamente viável, esta presidência determina seu arquivamento sem necessidade de votação em plenário”, disse Alcolumbre durante a sessão.
Na CCJ, o relatório que foi apresentado por Alessandro Vieira (MDB-SE) recebeu apoio de 26 senadores, sem votos contrários. Membros do colegiado, incluindo representantes da oposição, criticaram a amplitude da proposta, que ampliava garantias legais a parlamentares.
Aprovada na Câmara dos Deputados na semana anterior, a PEC da Blindagem previa:
restrições à prisão de parlamentares;
exigência de autorização do Legislativo, em votação secreta, para abertura de processos criminais contra deputados e senadores;
ampliação do foro privilegiado para líderes partidários.
O texto contou com apoio de partidos de oposição, do centro político e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
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No entanto, recebeu forte rejeição da opinião pública, com manifestações em todas as capitais no último domingo (21), onde ficou conhecida como “PEC da Bandidagem”.
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