Política
Publicado em 15/07/2025, às 14h54 BNews Natal
As principais lideranças da indústria brasileira se reuniram na manhã desta terça-feira (15) com representantes do governo federal para falar sobre a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
O encontro aconteceu em Brasília e foi conduzido pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
Em entrevista coletiva após a reunião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse que há unidade entre o setor produtivo e o governo na busca por uma solução negociada.
“Estamos uníssonos e convergentes. A intenção é evitar qualquer medida precipitada, sobretudo considerando que temos produtos perecíveis envolvidos”, destacou.
De acordo com Alban, os empresários brasileiros vão intensificar o diálogo com o setor privado norte-americano na tentativa de influenciar uma solução que preserve os laços comerciais entre os dois países.
Confiança no trabalho que está sendo feito
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, também participou da reunião e demonstrou confiança no trabalho do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do MDIC.
“Temos confiança absoluta na capacidade de negociação do governo. Vamos dar todo o suporte necessário para que se chegue a um entendimento que beneficie as empresas brasileiras e americanas”, afirmou.
Diálogo para resolver o problema
Alckmin, por sua vez, agradeceu a colaboração dos representantes do setor industrial e reiterou que o governo trabalha para resolver a questão por meio do diálogo. Ele não descartou a possibilidade de negociar com os Estados Unidos um adiamento da entrada em vigor da nova tarifa.
A atuação do governo brasileiro será balizada pela Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional e regulamentada nesta terça-feira (15).
leia também
"Tarifaço de Trump" pode afetar o emprego de 21 mil pessoas no RN
Antes do tarifaço, Brasil avisou EUA que decisões do STF valem só no país
Governo Trump volta a atacar Lula e Moraes e promete “consequências”
O texto legal prevê instrumentos para proteger o comércio nacional em caso de medidas restritivas adotadas por outros países.
Classificação Indicativa: Livre