Política

Brasil envia carta aos EUA e manifesta “indignação” com tarifa de 50% imposta por Donald Trump

Vice-presidente Geraldo Alckmin - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A carta foi assinada pelo vice-presidente do Brasil Geraldo Alckmin, que também ocupa de ministro no MDIC. O documento contém vários alertas  |   BNews Natal - Divulgação Vice-presidente Geraldo Alckmin - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 16/07/2025, às 14h44   Júnior Teixeira



O governo federal brasileiro enviou, na última terça-feira (15), uma carta oficial ao governo dos Estados Unidos expressando sua “profunda indignação” com a nova tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, anunciada recentemente pelo presidente norte-americano Donald Trump. 

A carta foi assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

A correspondência foi endereçada a Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, e a Jamieson Greer, representante de Comércio norte-americano.

Alerta sobre os impactos

Durante o texto, o Brasil alerta para os impactos econômicos negativos que a medida trará a ambos os países e critica a falta de diálogo por parte dos Estados Unidos, mesmo após tentativas formais de negociação.

As autoridades brasileiras lembram que, desde o anúncio inicial de tarifas por Trump, o governo brasileiro vem buscando manter um canal de diálogo ativo com Washington.

“Para fazer avançar essas negociações, o Brasil solicitou, em diversas ocasiões, que os EUA identificassem áreas específicas de preocupação para o governo norte-americano”, afirma a carta.

Proposta ignorada

O documento revela ainda que, em 16 de maio, o Brasil apresentou uma minuta confidencial com propostas de negociação, com o intuito de pavimentar um caminho para um acordo bilateral. No entanto, o governo brasileiro afirma que não recebeu qualquer resposta das autoridades norte-americanas, o que acirrou o tom da manifestação.

Apesar da frustração com a condução do processo, o Brasil reforça sua disposição para manter o diálogo e encontrar uma solução conjunta:

“O Brasil continua disposto a dialogar com as autoridades americanas e a negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países”, conclui a carta.

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