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O Nordeste brasileiro ganha destaque no setor mineral, consolidando-se como um importante hub de produção e exportação. A região concentra polos estratégicos que vão do sal marinho potiguar (RN) ao Polo Gesseiro do Araripe (PE).
Estes sendo responsáveis por abastecer grande parte da construção civil nacional, passando pela Bahia, que diversifica com ouro, cobre, níquel e vanádio, e pelo Ceará, em crescimento nas exportações de rochas ornamentais.
Segundo estimativas do setor, os estados nordestinos já representam entre 15% e 20% do faturamento nacional da mineração, algo entre R$ 20,8 e R$ 27,8 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. O crescimento reflete a força de polos regionais e a expansão da infraestrutura logística que garante escoamento eficiente da produção.
O Nordeste mira agora ganhos ainda maiores de produtividade, impulsionados pela modernização dos processos e pela valorização de minerais estratégicos que abastecem tanto o mercado interno quanto internacional.
A Bahia movimentou R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 31% em relação ao ano anterior, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O Ceará, por sua vez, dobrou suas exportações de rochas ornamentais, alcançando US$ 32,4 milhões no mesmo período.
No Rio Grande do Norte, o sal marinho mantém a liderança absoluta, com participação de 95% na oferta nacional, consolidando o estado como referência no setor.
Essa expansão reflete o potencial do Nordeste em diversificar a produção mineral e fortalecer a economia local, tornando-se um polo estratégico de relevância nacional e internacional.
O escoamento da produção mineral é suportado por uma infraestrutura robusta. O Porto do Itaqui, no Maranhão, movimentou 17,2 milhões de toneladas no primeiro semestre e se mantém como o maior porto da região Norte-Nordeste.
Já o Terminal de Ponta da Madeira, também no MA, segue escoando cerca de 15 milhões de toneladas de minério de ferro por mês, garantindo o abastecimento do mercado internacional.
O investimento em logística e portos estratégicos fortalece o Nordeste como centro mineral competitivo, capaz de aumentar sua participação no cenário nacional e global.
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