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Os contribuintes brasileiros desembolsaram R$ 2,5 trilhões em impostos neste ano até as 10h da manhã desta quarta-feira, 20, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O valor engloba taxas, tributos e contribuições destinados às três esferas de governo, além de multas, juros e correções monetárias.
A quantia representa um crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024 e foi registrada 23 dias antes do marco atingido no ano passado. Para o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), a atividade econômica aquecida impulsionou a marca.
Ele ressalta ainda que a inflação desempenhou papel central, já que o sistema tributário brasileiro é fortemente baseado em impostos sobre o consumo, que sobem junto com os preços.
O especialista também aponta outros fatores que explicam a disparada da arrecadação. Entre eles estão a taxação das plataformas de apostas online, o aumento do IOF, a elevação das alíquotas de ICMS, além da tributação sobre fundos exclusivos e offshores.
Soma-se a isso a reoneração gradual da folha de pagamentos, que também ampliou a arrecadação do governo.
Com a marca histórica, a discussão sobre o peso da carga tributária volta ao centro do debate público. A cada ano, os brasileiros atingem valores cada vez mais altos de arrecadação, enquanto questionam o retorno em serviços públicos de qualidade.
A previsão é de que o ritmo de crescimento continue até o fim de 2025, pressionando ainda mais a relação entre Estado e contribuinte.
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