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Publicado em 15/06/2025, às 14h10 Leonardo Pereira
Um novo estudo publicado na revista científica Exploratory Research and Hypothesis in Medicine mostrou que doenças de saúde mental podem ser influenciadas pelo beijo.
O pesquisador independente Reza Rastmanesh, membro da American Physical Society, analisou 1.740 casais em clínicas particulares de Teerã, capital do Irã.
Os participantes considerados saudáveis que tinham cônjuges que apresentavam depressão, ansiedade e problemas de sono foram comparados a outro grupo, com ambos saudáveis.
Foram avaliadas ainda suas amostras de saliva para analisar-se hormônios do estresse e bactérias bucais, usando técnicas avançadas de sequenciamento de DNA. Os pesquisadores descobriram que quando se sofre destas patologias, as bactérias presentes na boca do parceiro mudam para refletir as suas.
Depois de seis meses de acompanhamento, e usando uma técnica chamada análise discriminante linear, descobriu-se que famílias bacterianas específicas, como Clostridia, Veillonella, Bacillus e Lachnospiraceae, tornaram-se mais presentes em também no parceiro saudável.
Pesquisas anteriores já haviam associado esses microrganismos a distúrbios cerebrais, como depressão, ansiedade e distúrbios do sono.
Também houve um aumento significativo no parceiro saudável de cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”. Isso indicaria que o sistema de resposta ao estresse estava sendo ativado. No entanto, a publicação enfatizou que os níveis não chegaram a se igualar, mas apontava que o parceiro saudável caminhava na mesma direção.
Impacto maior em mulheres
Os dados ainda mostraram que as mulheres estavam mais suscetíveis a esta mudança. Isso se dá porque elas apresentaram maiores mudanças na microbiota oral, assim como os sinais de transtornos.
Após estas descobertas, o pesquisador Rastmanesh recomendou que os casais não optem por um tratamento individual, mas em conjunto.
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