Cidades
O número de idosos cresce de forma acelerada no Rio Grande do Norte e especialistas reforçam que a alimentação equilibrada é fator decisivo para preservar a saúde, prevenir doenças e garantir autonomia nessa fase da vida.
Dados do IBGE mostram que a população brasileira com mais de 60 anos passou de 22,3 milhões em 2012 para 31,2 milhões em 2021, um aumento de quase 40%. No estado, o percentual de idosos também avançou, saltando de 7,6% para 10,5% em 12 anos, segundo o Censo 2022.
O cenário reforça a importância do Dia Internacional das Pessoas Idosas e do Dia Nacional do Idoso, celebrados em 1º de outubro, datas que chamam atenção para as necessidades dessa parcela da população.
A nutricionista e professora da Estácio, Marcella Tamiozzo, explica que o envelhecimento provoca alterações fisiológicas significativas. Entre elas, está a queda de até 30% na taxa metabólica, causada pela perda de massa muscular e aumento da gordura corporal.
“Com menos tecido muscular, o corpo passa a gastar menos energia, caracterizando o metabolismo lento”, ressalta a especialista.
Para enfrentar essas mudanças, a orientação é reduzir o consumo de ultraprocessados, priorizar proteínas magras, incluir fibras e fontes de ômega-3, mastigar bem os alimentos e evitar refeições pesadas à noite.
Além da prevenção de doenças, alguns alimentos podem auxiliar em problemas específicos. Para amenizar a insônia, Marcella recomenda leite, banana, aveia, queijo branco, kiwi, nozes e amêndoas, que são ricos em triptofano.
Em casos de digestão lenta, refeições leves com vegetais cozidos e proteínas magras são a melhor escolha.
A especialista reforça que ajustes na dieta também ajudam no controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, já que reduzir açúcar, sódio e gorduras se torna essencial nessa fase da vida.
“Com pequenas mudanças, é possível preservar a saúde, amenizar os efeitos do envelhecimento e garantir mais bem-estar”, conclui.
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