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Lidia recebe pensão por morte desde 1978, após perder o marido - Rafa Neddermeyer/Agência BrasilPublicado em 16/05/2025, às 18h23 Redação
Após o escândalo sobre as fraudes no INSS, veio à tona o caso da pensionista Lidia Clarinda de Souza, de 84 anos, moradora de Humaitá, no interior do Amazonas. Ela descobriu ter sido vítima de descontos indevidos em seu benefício por quase 30 anos.
A idosa é analfabeta e só soube do problema nesta semana, com a ajuda do neto, que baixou os extratos da pensão e identificou os valores descontados mês a mês desde maio de 1996 até abril de 2025. A soma, em valores não corrigidos, chega a R$ 4.194 reais.
No início, os descontos eram de R$ 2 mensais e apareciam sob a rubrica genérica “consignado”. A partir de 2008, passaram a ser identificados como “Contrib/Sind Contag”, sugerindo cobrança sindical sem consentimento. Em 2025, o valor descontado chegou a R$ 30,36 por mês.
Lidia recebe pensão por morte desde 1978, após perder o marido. Com nove filhos para criar, ela ainda trabalhou como faxineira e copeira na Prefeitura de Humaitá até 1997, quando precisou se afastar por problemas cardíacos.
O caso de Lidia é mais um entre as centenas de irregularidades que vieram à tona após operações da Polícia Federal e do Ministério da Previdência Social para investigar fraudes em benefícios pagos pelo INSS.
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