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Publicado em 12/07/2025, às 09h11 Gabi Fernandes
O governo da Gâmbia decidiu enfrentar uma prática que se popularizou desde os anos 1990: o turismo sexual promovido por mulheres idosas, principalmente britânicas, que viajam ao pequeno país da África Ocidental em busca de sexo com homens locais.
A disponibilização de pacotes turísticos baratos para a ex-colônia britânica atraiu milhares de turistas da terceira idade, que encontraram ali um destino acessível, tanto financeiramente quanto em termos de relacionamentos. O fluxo constante mudou a reputação do país, apelidado popurlamente de “Gran-bia” — uma mistura de “Gâmbia” com “gran”, que significa “vovó” em inglês.
Preocupado com a imagem do país, o órgão responsável pelo turismo resolveu reagir e clamar por visitantes que realmente se interessem pela cultura local.
“O que queremos são turistas de qualidade. Turistas que venham para aproveitar o país e sua cultura não apenas para fazer sexo”, afirmou um representante, segundo o tabloide Daily Star.
A polêmica foi escancarada no documentário “Sexo na Praia”, que chocou os espectadores ao mostrar bares repletos de mulheres brancas mais velhas em busca de jovens gambianos, muitas vezes sob promessas de sexo mais vigoroso. Algumas dessas mulheres acabam se apaixonando, mudando-se para a Gâmbia ou levando os parceiros para morar no Reino Unido.
Homens idosos também?
Embora também haja homens idosos envolvidos nesse tipo de turismo, o número de mulheres ocidentais supera em larga escala. Muitos jovens locais passaram a enxergar essas relações como uma oportunidade de renda, sobrevivendo com as libras esterlinas enviadas ou gastas pelas turistas.
Todos os anos, milhares delas se hospedam em resorts que se tornaram, na prática, verdadeiros "Tinders tropicais", onde a troca de companhia por dinheiro — direta ou indireta — se tornou uma realidade presente.
O cenário é agravado pelos desafios socioeconômicos do país. Em 2022, a Gâmbia ocupava a 174ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um índice de apenas 0,495. Já no ranking de prevalência da Aids entre adultos, o país aparecia em uma preocupante 25ª colocação mundial.
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