Política
Publicado em 19/08/2025, às 14h31 Reprodução/Internet Giovana Gurgel
Após a cúpula na Casa Branca nesta segunda-feira (18), líderes europeus reforçaram que um cessar-fogo deve preceder negociações significativas entre Rússia e Ucrânia. O chanceler alemão, Friedrich Merz, destacou no X que uma “negociação real só é concebível se as armas silenciarem”. Emmanuel Macron, presidente francês, reiterou posição similar após as reuniões.
Por outro lado, o presidente americano, Donald Trump, surpreendeu os europeus ao descartar a necessidade de um cessar-fogo imediato. Em encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Salão Oval, Trump afirmou não ter exigido cessar-fogo em outros conflitos que alega ter resolvido.
Kirill Dmitriev, assessor próximo a Putin, republicou a declaração de Trump e reforçou que a Casa Branca buscava “Paz Duradoura, não um cessar-fogo temporário”. Dmitriev ainda acusou Merz de “ignorar” Trump ao insistir na paralisação das hostilidades.
O presidente ucraniano e sete líderes europeus se reuniram de última hora na Casa Branca, logo após a cúpula de Trump com Putin no Alasca, com o objetivo de encontrar uma solução para a guerra iniciada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
Zelensky descreveu a conversa com Trump como “muito boa”, abordando garantias de segurança e questões humanitárias. Trump, por sua vez, afirmou que começará a organizar um encontro direto entre Putin e Zelensky e planeja avançar para um formato trilateral.
O líder ucraniano declarou estar aberto a “qualquer formato” de reunião com o presidente russo, buscando criar condições para negociação direta entre as partes.
Entre os temas discutidos, está a compra de US$ 90 bilhões em armas americanas pela Ucrânia, financiadas por garantias europeias. Outro ponto envolve a fabricação de drones no país, alguns adquiridos pelos EUA, ainda em negociação.
O acordo formal sobre esses mecanismos de apoio deve ser concluído na próxima semana ou em até 10 dias, segundo Zelensky.
Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda, elogiou a iniciativa de Trump como um “avanço” para garantir a paz e agradeceu por “quebrar o impasse” e levar Putin à mesa de negociações.