Política

Motta critica novo pacote fiscal e dispara: “O governo não apresenta o mínimo de dever de casa”

Negociações entre o Planalto e o Congresso seguem tensas - VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Presidente da Câmara critica proposta de tributar investimentos isentos, afirmando que falta contrapartidas do governo  |   BNews Natal - Divulgação Negociações entre o Planalto e o Congresso seguem tensas - VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Publicado em 11/06/2025, às 15h52   Redação



O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou nesta quarta-feira (11) o novo pacote fiscal articulado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê tributar investimentos isentos como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). As medidas são alternativas ao aumento do IOF, alvo de forte rejeição no Congresso.

Durante evento com empresários em Brasília, Motta afirmou que não está na presidência da Câmara para “servir a projeto eleitoral de ninguém” e classificou o pacote como inviável sem contrapartidas do governo.

“Apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha trazer aumento de impostos sem o governo apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista do corte de gastos não será bem aceito pelo setor produtivo nem pelo Congresso”, declarou.

Detalhes do pacote

Anunciado no domingo (8), o novo pacote fiscal prevê:

  • Cobrança de 5% de IR sobre LCI e LCA, antes isentas;
  • Aumento da CSLL para fintechs;
  • Maior tributação sobre empresas de apostas on-line.

A iniciativa tenta compensar a frustração de receita após o governo recuar do aumento do IOF, que geraria R$ 19 bilhões em 2025. Com o novo desenho, a arrecadação extra deve ficar entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões nos próximos anos.

Pressão do Congresso
A proposta já enfrenta resistência. A Coalizão de Frentes Parlamentares do Congresso, que representa o setor produtivo, divulgou manifesto criticando a estratégia de “resolver o problema fiscal com mais tributos”.

O grupo defende:

  • Fim da política de aumento de impostos;
  • Redução imediata de gastos públicos;
  • Reforma administrativa urgente;
  • Foco em eficiência e desburocratização.

As negociações entre o Planalto e o Congresso continuam, mas o clima é de tensão crescente, com Motta sinalizando que o Legislativo não aceitará aumento de impostos sem ajustes no tamanho do Estado.

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