Política
Publicado em 31/05/2025, às 16h47 Aryela Souza
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou formalmente à equipe econômica do governo federal a suspensão imediata da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de "risco sacado". A nova tributação tem início previsto para este domingo, 1º de junho.
Paralelamente ao pedido de suspensão, a Câmara dos Deputados estabeleceu um prazo de dez dias para que o governo apresente uma alternativa à controversa alta do IOF. O objetivo é evitar que as empresas comecem a arcar com o novo custo enquanto a questão ainda está sob discussão e impasse entre o Legislativo e o Executivo.
Entenda o "Risco Sacado" e a Controvérsia
O "risco sacado" é uma operação financeira que permite a um fornecedor antecipar o recebimento de seus pagamentos. Nesse mecanismo, uma instituição financeira paga ao fornecedor antes do prazo de vencimento, e o cliente (a empresa que comprou o bem ou serviço) assume a responsabilidade de reembolsar o banco na data futura.
A decisão de cobrar IOF sobre essa modalidade é um dos pontos mais polêmicos do recente pacote de medidas proposto pelo Ministério da Fazenda.
O Ministério da Fazenda argumenta que a tributação do "risco sacado", equiparando-o a uma operação de crédito, visa promover isonomia e justiça fiscal, além de coibir distorções no mercado. O governo projeta uma arrecadação anual de cerca de R$ 8 bilhões com esta medida.
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