Política
Publicado em 11/07/2025, às 15h28 BNews Natal
Durante sua agenda oficial realizada nesta sexta-feira (11) em Linhares (ES), o presidente Lula (PT) falou sobre a disposição do governo brasileiro em contestar, por meio de todas as instâncias possíveis, a tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
A medida foi divulgada na última quarta-feira (9) pelo presidente dos Estados Unidos. Aação de Trump é considerada pelo Palácio do Planalto como injustificada e lesiva ao comércio bilateral.
Prioridade do governo
O presidente Lula destacou que a prioridade do governo fazer com que não exista um agravamento da crise. Para isso, serão realizados diálogos e ações multilaterais.
"Vou tentar brigar em todas as esferas para que não venha a taxação. Vou brigar na OMC, vou conversar com meus companheiros do Brics", disse.
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A Organização Mundial do Comércio (OMC) será acionada com base na alegação de que não existe uma justificativa técnica para a medida anunciada por Trump. É levado em consideração que a balança comercial é tradicionalmente favorável aos Estados Unidos e o tributo viola princípios de concorrência justa.
Respeito ao povo norte-americano
Apesar da firmeza no discurso, o presidente ressaltou que respeita o povo norte-americano e que o posicionamento do Brasil não deve ser confundido com antagonismo à nação dos Estados Unidos.
Ainda de acordo com Lula, caso os esforços diplomáticos não surtam efeito, o Brasil recorrerá ao princípio da reciprocidade previsto na legislação econômica nacional. “Se não tiver jeito no papo, nós vamos estabelecer a reciprocidade: taxou aqui, vamos taxar lá. Não tem outra coisa a fazer", afirmou.
Efeitos da menida
A medida de Trump, que, de acordo com ele, entra em vigor a partir do dia 1º de agosto, já causa efeitos práticos. Exportações brasileiras de setores como carnes, café, pescados e minérios estão sendo revistas, e entidades empresariais manifestaram preocupação com os impactos sobre empregos, produção e investimentos.
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