Tarifa de 50% dos EUA pode baratear carne e café no Brasil, avalia Ministério da Fazenda

Segundo uma avaliação feita pelo Ministério da Fazenda, a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode causar uma queda nos valores internos de alguns itens como café e carne. Na última quarta-feira (9), Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a medida, que começa a valer em 1º de agosto deste ano. 

Para o governo brasileiro, que considera a medida uma complicação ao comércio bilateral, a ação de Trump pode fazer com que a produção que iria para o mercado externo seja destinada para o consumo interno. Isso faria com que os preços fossem reduzidos, ampliando a oferna. 

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Segundo o secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, a medida imposta por Donald Trump pode ter caráter proibitivo para exportações de determinados produtos, como carne bovina e café, dois dos principais itens da pauta de exportação brasileira para os EUA.

A estimativa do governo é que, com o recuo nas vendas externas, algunss produtos antes voltados à exportação seja absorvida pelo mercado doméstico. “Caso isso ocorra, é possível ver um cenário em que a oferta interna aumente e impacte os preços para baixo”, explicou Mello.

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Mesmo assim, o secretário alertou para o fato de que qualquer análise sobre os impactos inflacionários da medida ainda é "muito precoce". 

Produtos básicos representam a maior parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos, incluindo, além da carne e do café, óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose e suco de laranja.

Essas mercadorias, por sua natureza e ampla demanda global, podem ser realocadas com maior facilidade.

Na balança comercial, também constam itens industrializados de alto valor agregado, como aeronaves e máquinas voltadas ao setor de energia. Esses produtos podem ter mais dificuldade em encontrar destinos alternativos, o que amplia a preocupação com os efeitos da tarifa de Trump sobre o setor industrial.