Política
Publicado em 25/07/2025, às 16h31 BNews Natal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (25), durante um evento em São Paulo, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi “enganado” ao acreditar que Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira.
De acordo com Lula, o ex-presidente Bolsonaro “não está sendo perseguido, mas julgado com direito de defesa”, e chegou a montar uma equipe para tentar matar o próprio Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
“Isso já está provado por delação deles mesmos”, declarou o presidente, reforçando que o caso está sob responsabilidade do Judiciário brasileiro e não deve interferir nas relações diplomáticas entre os países.
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O Bolsonaro não é um problema meu, é um problema da Justiça brasileira, completou.
A fala de Lula ocorre dias após Trump enviar uma carta ao governo brasileiro anunciando a imposição de tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida mencionando a situação judicial de Bolsonaro e chega a pedir sua anistia.
Lula diz estar aberto ao diálogo e critica Eduardo Bolsonaro
O presidente Lula também se colocou à disposição para negociar com os EUA e disse que, caso Trump tivesse ligado para ele, teria explicado a situação envolvendo Bolsonaro.
“O dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto”, disse, dirigindo-se ao ex-presidente americano. Ele acionou o vice-presidente Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para liderarem as tratativas diplomáticas.
O presidente ainda criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, por se licenciar do cargo na Câmara para “pedir intervenção no Brasil” durante estadia nos Estados Unidos.
“Numa total falta de patriotismo”, afirmou. E fez um apelo direto aos parlamentares: “Vocês na Câmara têm que tomar uma atitude”.
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