Lula defende soberania nacional e promete taxar "empresas americanas digitais" em discurso na UNE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17) que o governo federal irá cobrar impostos de empresas americanas digitais que atuam no Brasil. A declaração foi feita durante discurso no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO).

Esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho desse país. Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais, disse Lula, sem citar nomes específicos.

Embora Lula não tenha dado detalhes sobre como a taxação será implementada, a fala sugere uma possível movimentação para tributar gigantes da tecnologia, como plataformas de redes sociais, serviços de streaming e marketplaces sediados no exterior.

ENCALHE

[VÍDEO] Baleia é encontrada encalhada entre praias da Grande Natal

CINEMA

Cazuza volta aos cinemas com imagens inéditas e relatos emocionantes

O anúncio foi feito em um evento com forte presença de jovens e estudantes, onde Lula também defendeu a soberania nacional e criticou a atuação de empresas estrangeiras no país. 

Cenário atual

Atualmente, empresas multinacionais que operam no Brasil pagam uma alíquota mínima de 15% sobre o lucro.

No entanto, ainda não existe uma tributação específica voltada para grandes plataformas digitais estrangeiras, tema que tem sido debatido globalmente por economistas e organismos internacionais.

leia também

• Lula: Desaprovação passa de 50% e aprovação encosta em 49,9%, mostra AtlasIntel
• Lula volta a criticar jornada 6x1 e defende criação de novo modelo de trabalho mais flexível
• Maioria vê provocação de Lula a Trump durante fala no Brics, aponta Quaest
• Lula promete aplicar nova tarifa aos EUA: "Vamos entrar com reciprocidade a partir de agosto"
• Lula reage após Donald Trump afirmar não ser "amigo" de Bolsonaro; confira

A proposta sinaliza um alinhamento com discussões internacionais sobre a justiça fiscal na era digital, onde governos buscam formas de tributar empresas que obtêm receitas em seus países sem presença física significativa.