Política
Publicado em 11/07/2025, às 10h37 Dani Oliveira
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (10/7) que, caso não haja solução diante da tarifa de 50% imposta pelo governo dos EUA aos produtos brasileiros, o Brasil utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica e adotará tarifa recíproca a partir de 1º de agosto.
A fala de Lula foi feita durante entrevista concedida ao Jornal Nacional. “O Brasil utilizará a Lei da Reciprocidade quando for necessário. (…) Se não houver solução, vamos entrar com reciprocidade a partir de 1º de agosto”, afirmou.
Lula destacou, ainda, que vai organizar uma comissão juntamente com empresários para que se tente negociar a taxa imposta por Donald Trump. No entanto, advertiu que, caso isso não funcione, vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, em último caso, vai retaliar as taxas impostas pelos EUA. Lula aventou, também, a possibilidade de buscar novos mercados.
Essa é a hora da gente mostrar que o Brasil quer ser respeitado no mundo. O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e que, portanto, a gente não aceita desaforamento contra o Brasil”, frisou Lula.
Lula muda de ideia e cancela pronunciamento sobre Trump
O Palácio do Planalto mudou de ideia – pelo menos por ora – e cancelou o pronunciamento em cadeia nacional que o presidente Lula (PT) faria para rebater o presidente americano Donald Trump sobre a taxação de 50% imposta ao Brasil.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, disse na tarde desta quinta-feira (10) que o pronunciamento sequer está sendo cogitado no momento, de acordo com a coluna de Igor Gadelha, de Metrópoles.
O staff de Lula alega que o pronunciamento poderia ser interpretado como oportunismo político e negou que haja temor, recuo ou arrefecimento por parte do Planalto.
Membros do governo petista analisam que o governo tem conduzido bem a narrativa sobre a taxação de Trump e que qualquer desalinho poderia dar material para a oposição atacar.
A ordem no entorno de Lula é para que haja cautela, diante da complexidade do desafio que o governo ajudou a produzir e que terá de lidar.
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