Política

Lula convida Trump para COP30 e rebate críticas dos EUA sobre direitos humanos

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O presidente Lula enviou uma carta a Donald Trump convidando-o para a COP30, que ocorrerá em novembro no Brasil, enfatizando a urgência do evento  |   BNews Natal - Divulgação Reprodução/Internet
Giovana Gurgel

por Giovana Gurgel

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Publicado em 14/08/2025, às 15h23



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (13) ter enviado uma carta a Donald Trump convidando o ex-presidente dos Estados Unidos para participar da COP30, marcada para novembro em Belém, no Pará.

"Ontem eu mandei uma carta para ele, convidando ele para vir à COP30. Porque a COP30 vai ser a COP da verdade", disse Lula, destacando que o evento servirá para cobrar dos países ricos compromisso no combate ao aquecimento global.

Segundo o presidente, a conferência será uma oportunidade para líderes internacionais demonstrarem se acreditam ou não nas alertas dos cientistas sobre o aquecimento global.

"Eles vão ter que dizer se acreditam ou não que precisamos tomar muitas providências para evitar que o planeta tenha um aquecimento acima de um grau e meio", afirmou.

Cobrança histórica e compromissos não cumpridos

Lula relembrou a COP de 2009, em Copenhague, quando Brasil e outros países receberam promessa de 100 bilhões de dólares anuais para preservação de florestas, valor que, segundo ele, nunca foi efetivamente repassado.

"De 2009 até agora, já faz 16 anos, não saiu nada até agora", disse o presidente.

O mandatário reforçou que a participação de países ricos é essencial para que decisões concretas sejam tomadas contra o aquecimento global.

Em paralelo, Lula rebateu relatório do Departamento de Estado dos EUA, que aponta suposta deterioração dos direitos humanos no Brasil.

Defesa do Judiciário e críticas aos EUA

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que o Brasil não desrespeita direitos humanos e que seu Poder Judiciário é autônomo, garantindo o cumprimento da Constituição. "O Brasil não tinha nenhuma razão para ser taxado. Então, não aceitaremos a pecha de que no Brasil nós não respeitamos os direitos humanos", declarou.

Lula criticou ainda a postura dos EUA em criar “uma imagem de demônio” sobre países com os quais entram em conflito. "Agora, querer falar em direitos humanos no Brasil... Tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil", acrescentou.

O relatório americano avalia 196 países membros da ONU e faz menção à prisão de apoiadores de Jair Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe de Estado, bem como críticas a decisões do ministro Alexandre de Moraes.

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