Lula transfere ao Congresso a responsabilidade por liberação de R$ 30 bilhões a setores afetados por tarifas dos EUA

Foi sancionada nesta quarta-feira (13) pelo presidente Lula (PT) uma medida provisória que tem como objetivo auxiliar empresas brasileiras ligadas ao setor produtivo que foram afetadas pela tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos. O plano prevê a liberação de R$ 30 bilhões por meio de financiamento.

Durante um pronunciamento sobre a nova medida, Lula ressaltou que a efetivação do apoio agora depende do Congresso Nacional.

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“Estimado Davi [Alcolumbre, presidente do Senado], prezado Hugo Motta [presidente da Câmara dos Deputados], colegas deputados e senadores, a responsabilidade é de vocês. Quanto mais cedo forem às votações, mais rapidamente os afetados poderão ser auxiliados”, disse o presidente.

Demonstração de como agir

O presidente Lula disse também que a medida serve como um exemplo global, demonstrando aos demais países como enfrentar situações semelhantes.

“Estamos oferecendo uma solução ao resto do mundo. Muitos países enfrentam as mesmas dificuldades que o Brasil. Estamos demonstrando como agir. E, se necessário, tomaremos mais medidas”, afirmou.

Crítica às tarifas americanas

Lula disse que a estratégia de Donald Trump contra o Brasil acaba prejudicando os próprios norte-americanos. Ele citou como exemplo o preço de produtos como a carne que, de acordo com ele, já está elevado nos Estados Unidos.

“Nossos amigos americanos, sempre que decidem entrar em conflito com alguém, tentam criar uma imagem de vilão em relação a quem desejam confrontar. O Brasil não tinha realmente nenhuma justificativa para ser taxado e também não aceitaremos qualquer argumento de que, no Brasil, não respeitamos os direitos humanos”, disse o presidente.

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De acordo com Lula, a questão das tarifas não envolve economia, mas sim política e ideologia.

“O motivo pelo qual Donald Trump anunciou sanções ao Brasil é o ex-presidente. Se ele compreendesse a verdadeira história, estaria parabenizando a Suprema Corte brasileira por processar alguém que tentou desestabilizar a democracia no Brasil”, concluiu.