Política
Publicado em 09/06/2025, às 14h49 Redação
A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor a fixação de uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos de aplicações financeiras, segundo apuração do Metrópoles. Atualmente, a tributação é feita de forma escalonada, variando entre 15% e 22,5%, conforme o prazo do investimento.
A medida integra um conjunto de propostas para reverter parte da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada em 22 de maio, que desagradou o mercado e o Congresso Nacional. Com a revisão, o governo tenta “recalibrar” a arrecadação, mantendo a meta de déficit fiscal zero para 2025.
Outro ponto em discussão é a criação de uma alíquota de 5% sobre títulos que hoje são isentos de IR, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). As mudanças devem ser formalizadas por meio de uma Medida Provisória (MP), que será apresentada após o aval do presidente Lula, com retorno previsto a Brasília (DF) nesta segunda-feira (9).
O pacote foi debatido entre integrantes do governo e lideranças do Congresso em uma reunião no domingo (8), na qual também foram apresentadas alternativas para reduzir o impacto da perda de arrecadação. Entre elas, estão:
A taxação das bets gerou reação do setor, que divulgou manifesto contra a proposta, classificando-a como uma “solução alternativa injusta” para compensar a revisão do IOF.
Além disso, o governo propôs revisar outras isenções e ajustar distorções no mercado financeiro, como:
Nem todas as medidas foram aceitas pelos parlamentares. Algumas foram rejeitadas durante a reunião e sequer chegaram a ser anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que classificou o encontro como “histórico”.
Haddad também informou que o Congresso começará a debater a revisão de isenções fiscais, atualmente estimadas em R$ 800 bilhões.
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