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Sabe o que é IOF? Conheça imposto reajustado pelo Governo que pode atingir o seu bolso

O governo anunciou um aumento no IOF para arrecadar bilhões; veja como isso pode influenciar sua vida financeira. - Divulgação
Descubra como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras pode impactar suas transações e investimentos financeiros  |   BNews Natal - Divulgação O governo anunciou um aumento no IOF para arrecadar bilhões; veja como isso pode influenciar sua vida financeira. - Divulgação

Publicado em 23/05/2025, às 08h19   Dani Oliveira



O governo anunciou nesta quinta-feira (22) um aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empresas, previdência privada e câmbio para arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.

Os novos valores começam a ser aplicados a partir desta sexta-feira (23). Entenda as mudanças.

O anúncio prevê aumento de IOF para compra de moeda estrangeira em espécie e remessa de recurso para conta de brasileiros no exterior, que passará de 1,1% para 3,5%.

As alterações não englobam os empréstimos pessoais de pessoas físicas, o crédito estudantil, os financiamentos habitacionais e financiamentos via Finame, para pessoas jurídicas, na aquisição de máquinas e equipamentos.

Em resumo, o IOF é um imposto que o governo cobra sobre algumas transações financeiras que as pessoas e empresas fazem no dia a dia, como pegar um empréstimo, comprar moeda estrangeira ou fazer certos tipos de investimentos em seguros.

Veja abaixo como funciona o IOF:

O que é o IOF?
IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Como o próprio nome diz, é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e serve para gerar receita para a União.

Originalmente, foi criado para regular a economia. Por meio dele, o governo consegue analisar a demanda de crédito da economia do país, em uma espécie de termômetro sobre a oferta e a demanda.

Quem paga IOF?
O imposto é cobrado de pessoas físicas e jurídicas (empresas) em alguns tipos de operação (veja a seguir).

Onde é cobrado?
O IOF é cobrado em operações de crédito, como empréstimos, câmbio, seguro ou operações relacionadas a títulos, ou valores mobiliários. O valor da alíquota varia de acordo com a operação.

É importante destacar que em opções de parcelamento sem juros o imposto não é cobrado.

Quais operações estão isentas?
Estão isentas – ou com alíquota zerada – operações como: o pagamento de dividendos a investidores internacionais, o adiantamento de salário a empregados e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Veja abaixo outras situações que permanecem com alíquota zero ou isentas de IOF.

Previdência VGBL
Mudanças no IOF sobre operações relacionadas a seguros, em particular os planos de seguro com cobertura para sobrevivência, conhecidas como previdência complementar VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

A alíquota segue zerada para aportes mensais de até R$ 50 mil.
Para aportes acima de R$ 50 mil por mês, passará a vigorar taxação de 5%.

Crédito para empresas
O teto de IOF de operações de crédito por empresas passa de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano. No caso de empresas do Simples, a cobrança passa de 0,88% ao ano para 1,95% ao ano. Veja detalhes:

Cooperativa tomadora de crédito

Alíquota segue zero para operações até o valor de R$ 100 milhões/ano.
Acima de R$ 100 milhões/ano, segue a tributação como as empresas em geral.

Crédito pessoa jurídica

teto de 3,95% ao ano
Sendo: 0,95% fixo + 0,0082% ao dia ou 3% ano

Empresas Simples Nacional

Para operações de até R$ 30 mil: teto de 1,95% ao ano.
Sendo 0,95% fixo + 0,00274 ao dia ou 1% ao ano.

Operação de financiamento e antecipação de pagamentos a fornecedores (‘forfait’ ou ‘risco sacado’)

indicada expressamente como operação de crédito.

Exemplos para empréstimo de R$ 10 mil
Empresas: R$ 395 de IOF ao ano ou média de R$ 32,91 ao mês

Simples: R$ 195 de IOF ao ano ou média de R$ 16,25 ao mês

Contenção de gastos
As medidas de mudanças no IOF foram anunciadas como parte de um pacote que inclui a contenção de R$ 31,3 bilhões em gastos de ministérios para cumprir regras fiscais.

A contenção anunciada pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento inclui um contingenciamento de R$ 20,7 bilhões e um bloqueio de R$ 10,6 bilhões.

Em relatório de avaliação fiscal, os ministérios da Fazenda e do Planejamento apontaram que sem a contenção anunciada, o resultado primário de 2025 seria de déficit de R$ 51,7 bilhões.

O corte das verbas não será ainda maior porque o governo incorporou em suas projeções a elevação de IOF anunciada nesta quinta para uma série de operações, que deve ampliar a arrecadação federal em R$ 20,5 bilhões neste ano.

Esta foi a primeira revisão oficial das projeções fiscais neste ano, após o relatório bimestral de março ter sido cancelado por conta de atraso na votação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional.

O detalhamento dos cortes por ministério será apresentado até o fim do mês.

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