Política
Publicado em 30/07/2025, às 19h58 - Atualizado às 20h35 BNews Natal
A decisão dos Estados Unidos de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dificilmente alcançará o impacto desejado pelo presidente Donald Trump. A medida, pode ter efeito limitado sobre o ministro.
Moraes não possui bens registrados, nem contas bancárias em instituições financeiras sediadas nos Estados Unidos. Além disso, o ministro não costuma visitar o país, o que reduz ainda mais o alcance prático das sanções.
Medidas incluem bloqueio de ativos e proibição de entrada nos EUA
Nesta terça-feira, o governo norte-americano anunciou oficialmente a aplicação de sanções financeiras com base na Lei Magnitsky. Essa legislação permite punições econômicas a indivíduos considerados responsáveis por violações de direitos humanos.
A legislação prevê congelamento de bens, contas bancárias e aplicações financeiras em solo americano. Além disso, proíbe empresas dos Estados Unidos de realizar qualquer tipo de transação com os sancionados. A entrada no país também fica vetada.
Ações vêm após avanço de inquérito contra Eduardo Bolsonaro
Esta é a segunda ação do tipo direcionada a Moraes por determinação do governo Trump. No último dia 18 de julho, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, já havia comunicado a revogação dos vistos do ministro, de seus familiares e de aliados que atuam na Corte.
A ofensiva norte-americana ocorre após Alexandre de Moraes autorizar a abertura de inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. O parlamentar é investigado por possíveis articulações junto ao governo dos Estados Unidos com o objetivo de pressionar o STF, promover sanções contra autoridades brasileiras e interferir no processo da tentativa de golpe.
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