Política

Defesa de Paulo Sérgio Nogueira afirma que ex-ministro tentou convencer Bolsonaro a desistir de golpe

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa - Felipe Sampaio/STF
Andrew Fernandes ainda fez questão de destacar que integrantes do grupo acusado de planejar o golpe tentaram afastar Nogueira de seu posto  |   BNews Natal - Divulgação Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa - Felipe Sampaio/STF
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 03/09/2025, às 13h27



Nesta quarta-feira (3), segundo dia do julgamento da suposta conspiração golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Andrew Fernandes, que representa o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, afirmou que seu cliente aconselhou o ex-presidente Jair Bolsonaro a não reagir ao resultado das eleições de 2022.

“Está claro que o general Paulo Sérgio é inocente”, declarou o advogado em sua sustentação oral. De acordo com ele, os depoimentos do principal delator do caso, o brigadeiro da Força Aérea Batista Júnior, confirmam que Nogueira se opôs a qualquer tentativa de ruptura institucional.

“O general Paulo Sérgio foi indevidamente envolvido numa calúnia. As provas e o processo judicial demonstram sua inocência. Ele aconselhou o presidente da República a não agir diante do resultado eleitoral. Isso é o que diz o delator”, reforçou o advogado.

Andrew Fernandes ainda fez questão de destacar que integrantes do grupo acusado de planejar o golpe tentaram afastar o ex-ministro da Defesa de seu posto. “Como ele poderia ser parte da organização criminosa se havia movimentação para removê-lo? Essa é a prova definitiva”, questionou.

Julgamento no STF

A Primeira Turma do STF deu continuidade, nesta quarta-feira (3), a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que envolve Bolsonaro e outros sete aliados no núcleo central da acusação.

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Na última terça (2), foram ouvidas as defesas de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens da Presidência; Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

Hoje, apresentaram suas sustentações os advogados de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, de Paulo Sérgio Nogueira e de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de 2022. Se condenados, os réus podem enfrentar penas superiores a 30 anos de prisão.

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