Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 11/09/2025, às 15h22
Nesta quinta-feira (11), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os ataques de 8 de janeiro de 2023 não podem ser tratados como “situações triviais”.
A declaração foi feita durante o seu voto em relação ao julgamento que pode levar à condenação e eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus ligados ao chamado Núcleo 1 da trama golpista.
“O 8 de janeiro de 2023 não foi uma situação trivial, como um passeio após um almoço de domingo. A série inédita e odiosa de eventos que ocorreram ao longo de um ano e meio, com o objetivo de incitar e promover diversas práticas criminosas que conduziram ao vandalismo, exigia uma resposta no âmbito do direito penal”, disse a ministra em sua fala.
Na data em questão, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, que fica em Brasília. De acordo com a denúncia que foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o então procurador-geral Paulo Gonet defendeu que todos os atos que culminaram no episódio devem ser analisados em conjunto.
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Os acusados respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, atentado violento contra o Estado Democrático de Direito, danos ao patrimônio público e destruição de bens protegidos.
Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, votou pela condenação de Bolsonaro e dos demais sete réus. Ele foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino. O julgamento foi retomado nesta quinta com os votos de Cármen Lúcia e dos outros ministros.
O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, afirmou que, caso haja tempo, os magistrados poderão discutir ainda nesta quinta-feira as penas a serem aplicadas.
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