Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 09/09/2025, às 14h33
Nesta terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou à favor da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus acusados de participação em uma trama golpista após o resultado das eleições de 2022.
Durante sua manifestação, Moraes, que é relator do caso, considerou que Bolsonaro foi o chefe do grupo golpista.
O ministro defendeu a responsabilização do ex-presidente por cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, formação de organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio da União e destruição de bens tombados.
Segundo Moraes, as provas reunidas confirmam que Bolsonaro foi o líder da trama golpista, realizando ações planejadas e coordenadas, visando impedir a posse do governo eleito democraticamente.
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“O ex-presidente era o chefe dessa organização criminosa, que se valeu da máquina pública e de aliados militares para tentar subverter a ordem democrática”, declarou.
Moraes ainda enfatizou que o plano foi executado em diversas frentes, com discursos públicos, reuniões e uso indevido da estrutura do Estado.
Para Moraes, a atuação conjunta dos envolvidos evidenciou “unidade de propósitos e divisão de tarefas típicas de uma organização criminosa”.
Além do ex-presidente, Moraes também votou pela condenação de sete figuras-chave do governo anterior:
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022.
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