Política
por José Nilton Jr.
Publicado em 21/08/2025, às 14h12
O Banco do Brasil suspendeu um cartão internacional de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi executada em cumprimento à Lei Magnitsky, norma americana que impõe sanções a pessoas e entidades.
A suspensão, que despertou debate sobre os efeitos das sanções internacionais no setor financeiro do Brasil, fez com que a instituição oferecesse ao magistrado uma alternativa: um cartão Elo, de bandeira nacional.
De acordo com especialistas do setor, bloqueios preventivos são comuns em situações que envolvem sanções, já que visam proteger o sistema financeiro de riscos legais e evitar multas internacionais.
A prática, segundo os especialistas, beneficia tanto os usuários quanto os bancos, ao reduzir a possibilidade de complicações jurídicas.
Mesmo sem um pronunciamento oficial do Banco do Brasil, outras instituições financeiras alegaram que não podem confirmar vínculos de Moraes com produtos bancários, em razão do sigilo bancário.
A responsabilidade sobre o bloqueio recai sobre o banco emissor, enquanto as bandeiras apenas operam o sistema de pagamentos, sem acesso a dados pessoais.
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O tema ganhou repercussão após uma reportagem da Folha de S.Paulo, que revelou o bloqueio sem mencionar o nome do banco envolvido. Outro jornal, o Estadão, revelou o nome da instituição.
O caso do ministro Alexandre de Moraes também colocou em evidência a importância de soluções financeiras nacionais para reduzir vulnerabilidades externas.
O cartão Elo, por exemplo, não opera na América do Norte, mas garante a continuidade dos pagamentos no território brasileiro.
De acordo com especialistas, o episódio serve de alerta aos clientes sobre os impactos das sanções globais no dia a dia, além de reforçar a necessidade de adaptar operações financeiras às normas internacionais e de contar com alternativas locais seguras.
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