Polícia
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que um empresário do Distrito Federal agrediu brutalmente a companheira de 34 anos dentro do elevador do condomínio onde moravam.
O ataque, que aconteceu na madrugada da última sexta-feira, 1º de agosto, deixou a vítima com fraturas no rosto e edemas pelo corpo, exigindo cinco dias de internação em um hospital particular.
A sequência de violência dura quase quatro minutos. Nas imagens, Cleber Lúcio Borges, 55 anos, aparece dando um soco logo ao encontrar a mulher na entrada do elevador. Dentro do espaço fechado, ele continua com socos e cotoveladas, derrubando a vítima no chão. Ela tenta reagir com tapas, mas é novamente atacada.
Mesmo ferida, a mulher consegue se levantar e aciona outro andar, enquanto o agressor sai do elevador. A cena repercutiu nas redes sociais e gerou indignação entre moradores e internautas.
Prisão e apreensão de armas
Cleber Lúcio, empresário do ramo de móveis com negócios no DF e em Goiás, foi preso na manhã de quarta-feira, 6 de agosto. Durante o cumprimento do mandado, a Polícia Civil encontrou duas armas de fogo e grande quantidade de munição na residência dele, todas sem registro.
O acusado pagou fiança de R$ 25,9 mil pela posse ilegal de armas, mas seguiu preso preventivamente pela agressão à companheira, já que esse crime não permite fiança. Segundo a polícia, ele não possuía qualquer autorização legal para manter as armas.
De acordo com o delegado Marcos Loures, a prisão preventiva foi mantida devido à gravidade do caso e para preservar a segurança física e psicológica da vítima.
Confira vídeo:
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— BNews Natal (@BnewsNatal) August 8, 2025
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Histórico de agressões e decisão da Justiça
A investigação aponta que a vítima já sofreu outras agressões do mesmo companheiro, mas nunca havia denunciado. No episódio mais recente, a mãe dela acionou a polícia após ser alertada pelos médicos do hospital sobre a natureza dos ferimentos.
O caso é enquadrado na Lei Maria da Penha e, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal de 2012, a apuração independe da vontade da vítima. Isso significa que a polícia, o Ministério Público e a Justiça prosseguem com o processo mesmo sem registro formal da denunciante.
Ainda no hospital, a mulher relatou que as agressões começaram após um desentendimento na saída de um casamento, motivado por uma discussão sobre quem dirigiria o carro.
O que diz a defesa
Em nota, o advogado de Cleber Lúcio afirmou que o caso ainda está em apuração e que as manifestações da defesa serão apresentadas no processo. Também declarou que o acusado tem interesse na elucidação dos fatos e reiterou sua idoneidade.
A Polícia Civil continua reunindo provas e analisando o conteúdo das câmeras de segurança para complementar o inquérito. O Ministério Público poderá oferecer denúncia formal nos próximos dias.
O empresário segue preso preventivamente e aguarda as próximas etapas do processo judicial.
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