Organizadora da visita de Lula à Favela do Moinho é presa em operação contra o PCC

A Polícia de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (8) Alessandra Moja, conhecida como Alessandra Cunha, apontada pelo Ministério Público como peça central em um esquema de tráfico e extorsão de moradores na Favela do Moinho, região central da capital.

Ela é irmã do traficante Leonardo Monteiro Moja, o “Leo do Moinho”, que já está preso desde o ano passado. Alessandra ficou conhecida por ter organizado, em 2022, a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à comunidade.

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Momento da prisão - Foto: CNN

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Droga, celulares e lista de moradores

Durante a operação, batizada de Sharpe, agentes encontraram na casa de Alessandra 259 invólucros de cocaína, 630 de crack e 314 de maconha.

Também foram apreendidos seis celulares, documentos de compra e venda de moradias e uma lista com nomes de moradores da favela, que, segundo as investigações, seria utilizada para monitoramento e controle do crime organizado na região.

A suspeita, considerada uma liderança local, repassava informações sobre a favela e recebia ordens diretas de dentro do presídio, onde seu irmão continua a comandar atividades criminosas mesmo detido.

Desdobramento de investigação anterior

A ação desta segunda-feira foi um desdobramento da Operação Salus et Dignitas, deflagrada no ano passado, que levou à prisão de “Leo do Moinho”. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), mesmo após a prisão do líder, a família manteve o funcionamento da rede criminosa.

Alessandra já havia sido condenada e presa por homicídio qualificado em 2005. Agora, com as novas provas, será investigada por participação direta na manutenção das atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) na comunidade.

Todo o material apreendido foi encaminhado ao MPSP, que deve aprofundar as investigações para identificar a extensão do controle do grupo sobre a Favela do Moinho.