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Estudo aponta que perda do olfato é um dos primeiros sinais de Alzheimer

Estudo aponta que perda do olfato é um dos primeiros sinais de Alzheimer - Reprodução
Resultados indicam que a perda de olfato pode ser um marcador precoce da doença, permitindo intervenções antes dos sintomas clássicos  |   BNews Natal - Divulgação Estudo aponta que perda do olfato é um dos primeiros sinais de Alzheimer - Reprodução
Ari Alves

por Ari Alves

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Publicado em 08/09/2025, às 21h30



Pesquisadores reforçam que alterações no olfato podem surgir como um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer, muito antes de problemas de memória ou confusão mental. Uma pesquisa publicada na revista Nature Communications trouxe novas evidências nesse sentido.

O estudo foi conduzido por cientistas da Universidade Luís Maximiliano, em Munique, Alemanha, que analisaram camundongos geneticamente modificados para desenvolver Alzheimer, além de tecidos cerebrais humanos de pacientes com a doença e de pessoas saudáveis.

Os resultados mostraram que a degeneração precoce de neurônios ligados ao olfato ocorre nas fases iniciais da doença, antes mesmo da formação das placas de proteína β-amiloide, conhecidas por estarem associadas ao Alzheimer.

Primeiros sinais no cérebro

Os pesquisadores focaram em uma região do tronco cerebral chamada locus coeruleus, responsável pela produção de noradrenalina, um neurotransmissor essencial para atenção, resposta ao estresse e percepção olfativa.

Em testes com camundongos, os cientistas observaram que os axônios ligados ao olfato começaram a se degenerar nos primeiros meses de vida, bem antes de outras alterações cerebrais aparecerem, geralmente em um ou dois meses.

Além disso, os animais com essa degeneração precoce apresentaram dificuldade em identificar cheiros, mesmo mantendo comportamento e cognição normais em outros aspectos.

Confirmação em humanos

Para validar os achados, os pesquisadores examinaram tecidos cerebrais de pacientes com Alzheimer em fase inicial. Foram encontrados sinais semelhantes nos bulbos olfatórios, com aumento da atividade de células de defesa do cérebro, chamadas microglias, indicando que o processo observado nos camundongos também pode ocorrer em humanos.

Segundo os autores do estudo, a perda de olfato pode funcionar como um marcador sensorial precoce da doença, ainda subestimado. Isso abre a possibilidade de desenvolver testes olfativos capazes de identificar Alzheimer antes do surgimento dos sintomas clássicos, aumentando as chances de intervenção precoce.

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