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Publicado em 29/07/2025, às 16h14 BNews Natal
Um ano após o lançamento oficial, o programa Voa Brasil mostrou baixa adesão e desempenho tímido. De julho de 2024 a julho deste ano, apenas 1,5% das três milhões de passagens ofertadas foram vendidas. Isso representa cerca de 45 mil reservas efetuadas por aposentados do INSS, público-alvo da iniciativa.
O programa prometia democratizar o acesso ao transporte aéreo, oferecendo passagens por até R$ 200 para quem não voou nos últimos 12 meses. Apesar da proposta atrativa, a adesão ficou muito abaixo do esperado.
O governo argumenta que a medida não gera gastos públicos, já que se baseia em um acordo com companhias aéreas para ocupar assentos ociosos em voos com baixa ocupação.
A maior parte das emissões se concentrou no Sudeste e no Nordeste, com destaque para São Paulo (12.771 passagens), Rio de Janeiro (3.673) e Recife (3.509). No total, foram utilizados 510 trechos diferentes.
Voos cheios de expectativa, mas não de passageiros
Trechos mais movimentados ligaram São Paulo a capitais nordestinas como Salvador, Maceió, Fortaleza e João Pessoa. Também houve reservas para destinos de longa distância, como Porto Alegre/Recife e São Paulo/Fernando de Noronha, além de trajetos curtos como a tradicional ponte aérea Rio/São Paulo.
O Voa Brasil foi anunciado inicialmente em março de 2023 pelo então ministro Márcio França, que deixou o cargo sem tirar o projeto do papel. Coube ao sucessor, Silvio Costa Filho, relançar a proposta oficialmente em 2024.
Mesmo sem impacto no orçamento federal, o programa ainda não empolgou o público que deveria atingir. Com desempenho abaixo do mínimo esperado, o Voa Brasil segue enfrentando turbulências para se firmar como política pública de inclusão no transporte aéreo.
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