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Síndrome das pernas inquietas afeta até crianças e pode atrasar sono por horas, alertam especialistas

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Segundo estudos, entre 4% e 29% da população adulta em países desenvolvidos pode apresentar a síndrome, que é classificada como um distúrbio do sono  |   BNews Natal - Divulgação Reprodução/Freepik
José Nilton Jr.

por José Nilton Jr.

Publicado em 03/09/2025, às 15h57



Uma situação que aparentava ser apenas um desconforto noturno acabou se transformando em um diagnóstico inesperado: a filha de Karla Dzienkowski tinha apenas 11 anos de idade quando começou a sofrer com pontadas nas pernas, dificuldade para dormir e queda no rendimento escolar.

Após três anos de pesquisas para tentar entender o que estava acontecendo, a explicação apareceu. A menina tinha síndrome das pernas inquietas, um distúrbio neurológico ainda pouco conhecido e subdiagnosticado com frequência.

De acordo com estudos, entre 4% e 29% da população adulta em países desenvolvidos pode apresentar a síndrome, que é classificada como um distúrbio do sono pela forte interferência no descanso.

“Poucos pacientes reconhecem os sinais, e muitos médicos não sabem tratá-la corretamente”, relata Dzienkowski, que hoje atua como diretora executiva da Fundação da Síndrome das Pernas Inquietas.

Sintomas e impacto no sono

O Dr. John Winkelman, que é chefe do programa de pesquisa clínica em distúrbios do sono do Massachusetts General Hospital, alega que a síndrome é marcada por uma necessidade incontrolável de movimentar-se, geralmente acompanhada de sensações de formigamento, dor ou pulsação nas pernas. 

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O incômodo costuma aparecer quando a pessoa está em repouso, especialmente à noite. No caso de muitos pacientes, o movimento é a única forma de aliviar a sensação, o que leva a despertares frequentes ou dificuldade para dormir. 

“Nos casos mais graves, o início do sono pode ser atrasado por várias horas”, diz o Dr. Brian Koo, professor de neurologia na Yale School of Medicine.

Quem pode desenvolver a síndrome?

Dois fatores pesam no risco em relação à síndrome: hereditariedade e deficiência de ferro. De acordo com estudos, a genética pode representar cerca de 20% da predisposição.

Já a carência de ferro aumenta a probabilidade em diferentes grupos, como grávidas, pessoas em diálise, mulheres menstruadas, anêmicos e vegetarianos. Medicamentos, como antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, também estão associados à condição.

A síndrome é duas vezes mais comum entre as mulheres. Sua prevalência cresce com a idade. 

Manejo e tratamento

Especialistas defendem que a primeira etapa do tratamento é identificar fatores que agravam os sintomas. Álcool, determinados medicamentos e excesso de açúcares simples podem intensificar o desconforto.

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