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Publicado em 20/06/2025, às 13h08 Redação
Com o intuito de proteger os dados de aposentados e pensionistas após o escândalo envolvendo a comercialização e o vazamento de informações pessoais, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adotou medidas de emergência para executar o procedimento.
Ao todo, mais de três mil senhas de servidores que possuíam o acesso ao Sistema Único de Informações de Benefícios, o Suibe, foram revogadas. Segundo uma determinação do presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, apenas seis pessoas continuaram com o acessso aos dados.
A nova medida tem como objetivo conter o uso indevido das informações. Elas estariam sendo vendidas de maneira online por valores que variam de R$ 150 a R$ 600.
No sistema Suibe estão presentes dados sigilosos como nome, CPF, telefone, tipo e valor do benefício. Além disso, também é possível encontrar no sistema a margem para empréstimo consignado, o número de contratos ativos e os dados de filiação a sindicatos ou associações.
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As listas são compradas, em sua grande parte, por advogados que utilizam os dados para prospecção indevida de clientes. As informações são da CNN Brasil. Essa prática configura violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Além disso, o artigo 39 do Código de Ética não permite a captação de clientela com o uso de publicidade indevida ou mercantilização da profissão.
A partir do reforço nos protocolos de segurança, o INSS tenta conter o vazamento de dados e identificar os responsáveis pelo uso ilegal das informações.
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