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Publicado em 24/07/2025, às 13h52 BNews Natal
As novas regras migratórias dos Estados Unidos têm imposto obstáculos maiores para brasileiros que desejam entrar legalmente no país.
Desde 2024, a Casa Branca vem endurecendo o controle fronteiriço, o que inclui deportações mais rápidas, exigências mais severas para concessão de vistos e maior fiscalização de permanência.
Segundo a U.S. Customs and Border Protection (CBP), 22.936 brasileiros foram detidos tentando cruzar ilegalmente a fronteira com o México até setembro daquele ano, o que acendeu alertas e elevou o rigor mesmo nos processos legais.
Agora, em 2025, o cerco aumentou. A obtenção de vistos, especialmente os de estudante (F-1) e trabalho (como L-1, O-1, E-2, H-1B e EB series), requer comprovação clara de vínculos com o Brasil, histórico acadêmico sólido, proficiência em inglês e documentação completa.
"As entrevistas consulares estão mais criteriosas, e mentiras ou inconsistências podem resultar em cancelamento do visto ou até deportação", alerta Guilherme Vieira, especialista em processos imigratórios e CEO da On Set Consultoria Internacional.
Improvisos e atalhos estão fora de questão
O uso indevido de vistos, como entrar com visto de turista e tentar permanecer ilegalmente, é alvo de tolerância zero. Casos como esses são tratados com punições severas.
Os pedidos de asilo, embora ainda possíveis, enfrentam maior pressão, tempo reduzido de análise e índice crescente de rejeição. “É necessário provar base legal sólida, não apenas vontade de permanecer”, explica Vieira.
Planejamento é o caminho
Apesar do cenário mais rígido, o especialista ressalta que a imigração legal ainda é viável, desde que feita com planejamento, orientação profissional e critérios bem definidos. “O candidato ideal é aquele que demonstra preparo, possui histórico consistente e segue todos os trâmites legais sem improviso”, reforça.
Para evitar falhas no processo, Vieira recomenda iniciar o planejamento com pelo menos quatro meses de antecedência, reunindo documentos, comprovando vínculos e escolhendo instituições ou empregadores credenciados. “Oportunidades existem, mas exigem seriedade, estratégia e respeito às regras”, conclui.
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