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Senadores brasileiros vão aos EUA alertar: tarifas podem empurrar Brasil para os braços da China

Carlos Moura/Agência Senado
A principal preocupação dos senadores é com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos EUA Donald Trump  |   BNews Natal - Divulgação Carlos Moura/Agência Senado

Publicado em 23/07/2025, às 16h47   Redação



Um grupo de senadores brasileiros embarca nos próximos dias para Washington, nos Estados Unidos, com um recado claro ao governo americano: se os EUA impuserem barreiras às exportações do Brasil, estarão empurrando o país ainda mais para a órbita da China.

A principal preocupação dos parlamentares é com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump e com previsão de vigência a partir de 1º de agosto. A informação foi confirmada pela CNN Brasil. 

Durante reunião realizada na última terça-feira (22) com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, os senadores disseram que vão deixar claro às autoridades americanas que o fechamento comercial dos EUA fortalece o avanço da China sobre o mercado brasileiro.

Para o grupo, esse argumento pode pesar, especialmente diante da rivalidade geopolítica crescente entre Washington e Pequim.

Agenda incerta 

Até o momento, a agenda oficial dos senadores está restrita ao Capitólio, sede do Congresso americano. Não há confirmação de encontros com autoridades próximas a Trump ou membros do Executivo capazes de reverter as tarifas.

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Mesmo com a baixa expectativa de impacto direto, setores empresariais dos EUA interessados na manutenção do comércio com o Brasil têm procurado os senadores. 

Lula, Brics e cautela diplomática

Em um encontro com os senadores, os ministros brasileiros foram questionados sobre o alinhamento do governo Lula ao Brics, especialmente após discursos recentes reforçando os laços com o bloco. A resposta foi, segundo relatos, evasiva e em tom moderador. 

Esforços podem não trazer resultados

Apesar dos esforços, a missão parlamentar é vista como arriscada politicamente. Sem mandato oficial para negociar em nome do país, os senadores podem sair de Washington com poucos resultados concretos. 

Por outro lado, caso conquistem algum espaço de diálogo, o governo federal poderá se unir a eles como parceiro estratégico, reforçando a ideia de uma diplomacia plural e ativa. 

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