Esportes
Publicado em 23/07/2025, às 20h59 BNews Natal
As mulheres transgênero estão proibidas de competir em categorias femininas nos Estados Unidos. Na última segunda-feira, 21, de maneira discreta, o Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC) atualizou a “Política de Segurança do Atleta” (PSA) em uma publicação no site oficial. O documento original, com 27 páginas e datado de 18 de junho, não mencionava a palavra “transgênero”.
Contudo, junto à publicação da política no dia 21, foi incluído um trecho afirmando que a entidade acatou a ordem executiva assinada em fevereiro pelo então presidente Donald Trump. A próxima edição dos Jogos Olímpicos acontecerá na cidade de Los Angeles, Califórnia, no oeste do país.
A ordem executiva 14201, chamada “Proibida a Entrada de Homens em Esportes Femininos”, alerta para a possibilidade de suspensão dos fundos destinados a organizações que permitam a participação de atletas transgênero em competições femininas. A medida foi tomada em resposta à promessa de campanha de Trump, que defendia a exclusão de homens dessas modalidades.
Em uma carta conjunta, a diretora-executiva da USOPC, Sarah Hirshland, e o presidente Gene Sykes ressaltaram que, como organização federal, têm a obrigação de cumprir as diretrizes do governo.
Eles destacaram que a política revisada reforça a necessidade de garantir ambientes de competição justos e seguros para as mulheres. Todos os órgãos governamentais nacionais devem atualizar suas normas para se adequar a essa nova orientação.
A política revisada do USOPC foi encaminhada a várias federações esportivas, como as de natação, atletismo e esgrima, que terão que seguir a ordem executiva de Trump. Entre as responsabilidades do USOPC está a supervisão de quase 50 entidades governamentais nacionais, abrangendo atletas de diferentes níveis, desde a base até o elite.
Na prática, os clubes que desejarem manter suas filiações às federações deverão alterar suas regras sobre a participação de atletas transgênero nas competições.
A National Collegiate Athletic Association (NCAA), responsável pelos esportes universitários nos EUA, foi a primeira entidade a ajustar sua política de participação de atletas transgênero em competições femininas, adotando a ordem executiva de Trump no dia seguinte à sua assinatura.
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