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Publicado em 27/06/2025, às 12h58 Redação
O aumento dos casos de doenças respiratórias durante o inverno já é um fenômeno conhecido em todo o mundo. Hospitais registram filas de pacientes com tosse persistente, febre e dificuldade para respirar. No entanto, um tipo de infecção menos evidente começa a chamar atenção de especialistas: a pneumonia silenciosa.
Também chamada de walking pneumonia, essa forma de pneumonia é provocada principalmente pela bactéria Mycoplasma pneumoniae. Diferentemente da pneumonia bacteriana clássica, que surge de maneira abrupta e intensa, a pneumonia silenciosa se instala de forma gradual, com sintomas que podem passar despercebidos por dias. Tosse seca, cansaço, dor de cabeça, rouquidão e febre baixa são sinais comuns. Por isso, muitas pessoas seguem com as atividades habituais mesmo infectadas, o que eleva o risco de complicações e facilita a transmissão.
A bactéria responsável pertence a um grupo que não possui parede celular, característica que dificulta a detecção em exames convencionais e torna alguns antibióticos ineficazes. A infecção ocorre por contato direto com gotículas de saliva de pessoas contaminadas ao falar, tossir ou espirrar. Por isso, surtos costumam ocorrer em locais fechados e coletivos, como escolas, escritórios e transportes públicos.
Apesar de os sintomas serem mais brandos, a doença pode afetar crianças, adolescentes e adultos jovens, que nem sempre percebem a gravidade do quadro. O diagnóstico é feito com avaliação clínica, exames laboratoriais e radiografia de tórax, que revela áreas de inflamação nos pulmões.
O tratamento envolve repouso, boa hidratação, controle da febre e o uso de antibióticos específicos, como macrolídeos ou tetraciclinas. Embora tenha cura, a infecção pode durar semanas até desaparecer completamente. Em todos os casos, a orientação médica é essencial para evitar complicações, principalmente em pessoas mais vulneráveis.
Fonte: Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health.
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