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Se você é uma pessoa que se interessa por fenômenos celestiais, deve saber que o último eclipse solar total que acontece quando a Lua se alinha perfeitamente entre o Sol e a Terra– ocorreu no dia 8 de abril de 2024.
O fenômeno, que não pôde ser observado no Brasil, atravessou uma faixa da América do Norte e se estendeu por cerca de 4.000 quilômetros. Desde a costa do Pacífico, no México, passando também pelo Texas, ele também pôde ser visto em outros 14 estados norte-americanos, até chegar ao Canadá.
O período de totalidade variou conforme o local, durando em média quatro minutos. E, curiosamente, segundo cientistas, o evento influenciou também o canto das aves.
De acordo com o portal Space, uma pesquisa divulgada na revista Science no dia 9 de outubro identificou que diversas espécies de aves modificaram seus cantos e sons antes, durante e depois do eclipse solar total.
Uma equipe de educadores da Universidade de Indiana, em Bloomington, Indiana, desenvolveu o ‘SolarBird’, um aplicativo gratuito para celulares que tinha o objetivo de coletar observações em toda a América do Norte. Os usuários foram orientados a observar um pássaro em seu local por 30 segundos antes, durante e depois da totalidade do fenômeno.
Os pesquisadores também colocaram gravadores automatizados pela cidade, a fim de monitorar as vocalizações das aves. Tudo isso utilizando a rede neural artificial ‘BirdNET’, que alimenta o aplicativo de identificação de aves Merlin, analisando assim quase 100 mil vocalizações.
A pesquisa resultou em uma descoberta impressionante: entre as 52 espécies analisadas, 29 apresentaram alterações em seus padrões vocais durante o fenômeno, ainda que cada uma tenha reagido de uma maneira diferente.
Como, por exemplo, entre as 12 espécies que reagiram à fase de totalidade, algumas permaneceram em silêncio, enquanto outras intensificaram seus cantos.
É importante destacar também que as alterações mais significativas ocorreram após o término da totalidade do eclipse, quando o Sol voltou ao seu brilho habitual.
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