Cidades
Publicado em 20/05/2025, às 14h57 Redação
As discussões a cerca dos perigos e os riscos que o peixe-leão causa ao ser humano estão de volta. Principalmente agora, após a morte de um pescador, fato ocorrido no final de semana na costa potiguar. Thiago Rodrigues, de 25 anos, morreu no domingo (18), durante uma pescaria em alto mar, na praia de Pernambuquinho, em Grossos, litoral norte potiguar.
Segundo o pai, o filho, antes de se afogar, teria sido atingido duas vezes pelos espinhos venenosos do animal. A morte é investigada pela Polícia Civil, que solicitou exames toxicológicos ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).
O peixe-leão (Pterois volitanse) vive até 15 anos e podem pesar até 200 gramas. É uma espécie invasora, pois é nativo do Indo-Pacífico, mas tem se espalhado rapidamente pelo Oceano Atlântico e com muitas aparições na costa brasileira. O peixe representa perigo para as espécies nativas e para quem entra em contato com ele. No litoral potiguar, capturas foram feitas em Tibau e Porto do Mangue, ambas em 2022.
Espinhos venenosos
O peixe-leão é considerado um predador voraz. Sem predadores naturais, ele come quase tudo que aparece na frente. No Oceano Atlântico, sua presença é um risco e pode levar à diminuição da biodiversidade e à perda de espécies locais, pois ele se adapta a diferentes ambientes muito rapidamente, tornando difícil o seu controle. Ele possui espinhos venenosos na região dorsal e na nadadeira peitoral, que podem causar dores intensas, inchaço, vômito, diarreia e, em casos mais graves, choque anafilático (convulsões).
Socorro médico
Em caso de ferimentos por causa dos espinhos ou ferrões, é recomendado procurar atendimento médico imediato. O peixe-leão é de difícil manuseio, justamente em razão dos espinhos venenosos. Se houver a pesca acidental ou involuntária de um peixe-leão, a recomendação é não devolvê-lo ao mar, e informar aos órgãos ambientais sobre a captura.
Por fim, é importante entender que o peixe-leão é uma espécie invasora que causa sérios impactos ambientais e riscos para a segurança humana. É fundamental estar atento à sua presença e seguir as orientações das autoridades ambientais para garantir a preservação do ecossistema marinho e a segurança de todos.
Leia também
Classificação Indicativa: Livre