Polícia

"Atingido por peixe-leão", diz pai de pescador que morreu em alto mar no RN

Peixe-leão possui vários espinhos venenosos no corpo - Sea Paradise/Divulgação
Thiago Rodrigues da Silva, de 25 anos, que morreu afogado no litoral de Grossos/RN, pode ter sido atingido por espinhos venenosos de um peixe-leão  |   BNews Natal - Divulgação Peixe-leão possui vários espinhos venenosos no corpo - Sea Paradise/Divulgação

Publicado em 19/05/2025, às 15h49   Redação



O pescador mossoroense Thiago Rodrigues da Silva, de 25 anos, que morreu afogado no final da tarde deste domingo (18) na praia de Pernambuquinho, no litoral de Grossos, no Rio Grande do Norte, pode ter sido atingido por espinhos de um peixe da espécie peixe-leão. Pelo menos é o que relata o pai da vítima, em depoimento à Polícia Civil.

O pai relatou que ele e o filho estavam pescando em alto mar, e quando o filho puxou a rede de pesca, foi sendo atingido duas vezes pelos espinhos do animal. Após o contato com o peixe, o Thiago passou mau e se afogou. 

Veneno não é fatal

O peixe-leão é venenoso e considerado um predador robusto. O animal vem gerando desequilíbrio no meio ambiente. No Rio Grande do Norte, espécies já foi encontradas em Tibau e Porto do Mangue. 

O animal possui vários espinhos venenosos no corpo, o que dificulta a captura. O veneno não é fatal, mas causa inflamação, dor local, náuseas e convulsões. O animal pode chegar a 47 centímetros de comprimento.

Segundo a professora Liana Mendes, professora do Departamento de Ecologia (Decol), vinculado ao Centro de Biociências (CB/UFRN), o Peixe-leão ocupa o espaço de animais nativos, além de dizimar espécies de peixes e invertebrados, como os crustáceos, que são organismos cruciais para manter o ecossistema saudável.

Em relação às estratégias de manejo para impedir o seu avanço na costa sul-americana, a professora conta que uma possibilidade é a realização de campeonatos de captura envolvendo a espécie, aliada ao estabelecimento de programas de educação ambiental alertando a sociedade para o risco do peixe-leão. 

Outra possibilidade seria transformar o peixe invasor em um atrativo rentável, já que a carne do animal é apreciada na culinária e a pele pode ser utilizada na confecção de carteiras.  Há ainda a expectativa de que, com o passar do tempo, os potenciais predadores comecem a se alimentar da espécie, havendo então um controle natural.

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