Cidades
Publicado em 20/05/2025, às 14h12 Redação
Técnicos da equipe de emergência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) do Rio Grande do Norte farão uma inspeção, na tarde desta terça-feira (20), na praia de Pernambuquinho, em Grossos, no litoral norte potiguar. A visita acontece em razão da morte do pescador Thiago Rodrigues da Silva, de 25 anos, que morreu afogado no final da tarde do domingo (18). O pai do pescador disse que o filho, antes de morrer, foi atingido duas vezes por um peixe-leão.
O peixe-leão é considerado um predador voraz. Não é nativo da costa brasileira, mas desde 2022 tem aparecido no litoral potiguar, causando desequilíbrio no meio ambiente. Ele possui vários espinhos venenosos pelo corpo. O veneno não é letal ao ser humano, mas pode causar convulsões.
"Vamos fazer uma visita, uma inspeção na área onde ocorreu o suposto contato com o peixe-leão, na praia de Pernambuquinho, em Grossos. Vamos ouvir os pescadores, a família do rapaz. Queremos entender o que aconteceu e ver a possibilidade de tomarmos alguma providência ambiental", destacou o professor Rivaldo Fernandes Pereira, superintendente do IBAMA no RN.
O peixe-leão
O peixe-leão é venenoso e considerado um predador robusto. O animal vem gerando desequilíbrio no meio ambiente. No Rio Grande do Norte, espécies já foi encontradas em Tibau e Porto do Mangue.
O animal possui vários espinhos venenosos no corpo, o que dificulta a captura manual. O veneno não é fatal, mas causa inflamação, dor local, náuseas e convulsões. O animal pode chegar a 47 centímetros de comprimento.
Segundo a professora Liana Mendes, professora do Departamento de Ecologia (Decol), vinculado ao Centro de Biociências (CB/UFRN), o Peixe-leão ocupa o espaço de animais nativos, além de dizimar espécies de peixes e invertebrados, como os crustáceos, que são organismos cruciais para manter o ecossistema saudável.
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